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Publicada em 14/05/2024 às 11h02
O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, chegou a Kiev nesta terça-feira (14) em uma visita não programada para reafirmar o apoio à Ucrânia. Esta é a quarta visita do chefe da diplomacia americana desde a invasão da Rússia em fevereiro de 2022 e a a primeira de um alto funcionário americano ao país desde que o Congresso aprovou um pacote de ajuda militar de US$ 61 bilhões em abril.
A visita, que não havia sido divulgada anteriormente, tem como objetivo demonstrar a solidariedade dos Estados Unidos com a Ucrânia, enquanto o país enfrenta intensos bombardeios russos em sua fronteira nordeste. Blinken deve se encontrar com o presidente ucraniano.
Blinken deve se encontrar com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e fazer um discurso focado no futuro da Ucrânia, assegurando o apoio contínuo dos EUA no conflito.
Blinken chegou a Kiev de trem na manhã de terça-feira e, segundo o jornal "The New York Times", espera "enviar um forte sinal de tranquilidade aos ucranianos que estão em um momento muito difícil", segundo um funcionário dos EUA que informou jornalistas que viajavam com a delegação.
Secretário de Estado americano, Antony Blinken, em viagem à Polônia antes de ir em uma visita não programada à Ucrânia no domingo (12) — Foto: Brendan Smialowski/Reuters
"A missão do secretário é discutir como a assistência suplementar americana será executada de forma a ajudar a fortalecer suas defesas e permitir que os ucranianos recuperem a iniciativa no campo de batalha", disse o funcionário, de acordo com informações da agência Reuters. Blinken também deve anunciar quando as armas, mísseis de longo alcance e sistemas de defesa aérea aprovados pelo presidente Joe Biden em 24 de abril reforçarão o país no confronto.
Kiev tem enfrentado dificuldades no campo de batalha há meses, enquanto as tropas russas avançam lentamente, principalmente na região de Donetsk, ao sul, aproveitando a escassez de mão de obra e munição de artilharia da Ucrânia. As forças russas possuem uma vantagem significativa em termos de mão de obra e munições.
Na segunda-feira (13), o Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, disse que Washington estava tentando acelerar "o ritmo das entregas" de armas para a Ucrânia para ajudá-la a reverter sua desvantagem. "O atraso colocou a Ucrânia em uma situação difícil e estamos tentando ajudá-los a sair dessa situação o mais rápido possível", disse Sullivan, acrescentando que um novo pacote de armas seria anunciado esta semana.
Desde o começo da guerra em 2022, a Rússia conseguiu controlar cerca de 18% da Ucrânia e ganha terreno desde o fracasso da contraofensiva ucraniana de 2023 em fazer avanços significativos contra as tropas russas entrincheiradas atrás de campos minados profundos.
As tropas de Moscou entraram na Ucrânia perto da sua segunda maior cidade, Kharkiv, na sexta-feira (10), abrindo uma nova frente nordeste. O avanço pode desviar algumas das forças de Kiev do leste, onde a Rússia tem avançado.
Em 8 de maio, um ataque russo atingiu diversas usinas de energia elétrica na Ucrânia. De acordo com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, o ataque russo usou mais de 50 mísseis e 20 drones de combate contra o país.
Em 11 de abril, um ataque russo com mísseis e drones atingiu a infraestrutura energética da Ucrânia, deixando mais de 200 mil pessoas sem luz.
Em março deste ano, após ser reeleito presidente da Rússia, Vladimir Putin afirmou que pretende invadir mais regiões da Ucrânia para criar uma zona de tampão.
O objetivo de Putin é criar uma proteção para as forças que estão em território ucraniano sob domínio dos russos.
Por outro lado, recentemente, a Ucrânia tem feito ataques de longa distância para atingir refinarias e depósitos na Rússia.
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