Rondoniadinamica
Publicada em 22/05/2024 às 11h09
Porto Velho, RO – A política de Porto Velho pode estar prestes a sofrer um abalo sísmico. Recentemente, Léo Moraes, Diretor Geral do Departamento de Trânsito de Rondônia (Detran/RO), foi visto em uma reunião aparentemente casual com Marcelo Vitorino, o marketeiro que consagrou a reeleição de Marcos Rocha em 2022. Embora o encontro tenha ocorrido em um cenário de café francês, a conversa pode ter sido muito mais estratégica do que simples aparências sugerem.
Marcelo Vitorino compartilhou uma foto do encontro nas redes sociais, afirmando que discutiram as eleições para a Câmara de Vereadores de Porto Velho. Contudo, é difícil acreditar que a pauta tenha se restringido a isso, especialmente considerando o histórico recente de Moraes e Rocha. Léo Moraes foi adversário de Marcos Rocha no primeiro turno das eleições de 2022, mas, derrotado, uniu forças com o militar, ajudando-o a conquistar a reeleição. Essa aliança resultou na nomeação de Moraes como chefe do Detran/RO, consolidando sua influência na política estadual.
Moraes está determinado a pedir demissão do Detran no próximo dia 5 de junho, prazo final para ocupantes de cargos públicos que desejam disputar as eleições. Essa decisão, amadurecida ao longo do tempo, ganhou ainda mais força após a desistência do deputado federal Fernando Máximo, que abriu uma lacuna significativa no cenário eleitoral.
A entrada de Moraes na corrida pela prefeitura promete mexer com todos os cálculos políticos dos partidos, especialmente os menores, e com os entusiastas da candidatura de Mariana Carvalho. Até então, estes últimos consideravam a eleição praticamente garantida, mas a presença de Moraes introduz uma variável imprevisível na disputa.
Léo Moraes e Marcelo Vitorino / Reprodução
A crença na inevitabilidade da vitória de Carvalho pode se revelar uma armadilha, repetindo erros do passado quando Mauro Nazif e o próprio Léo Moraes foram surpreendidos pela eleição de Hildon Chaves.
Embora o apoio de um prefeito bem avaliado seja vantajoso, ele não garante a vitória antes da apuração dos votos. A campanha de Mariana Carvalho, embora forte e viável, não é imbatível como alguns de seus apoiadores exaltam. A história ensina: quando perdeu para Jaime Bagattoli, do PL, na corrida pelo Senado Federal em 2022, o clima em torno dela parecia exatamente o mesmo.
A entrada de Léo Moraes no páreo pode dividir significativamente o eleitorado jovem e ávido por renovação na política, tornando a disputa acirrada e imprevisível.
Se Léo Moraes confirmar sua candidatura, ele se tornará uma verdadeira pedra no sapato de Mariana Carvalho. A competição entre eles promete desafiar todas as expectativas e forçar uma reavaliação das estratégias eleitorais em Porto Velho. A política local, sempre cheia de surpresas, pode estar prestes a viver mais um capítulo intenso e decisivo.
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