G1
Publicada em 27/05/2024 às 16h20
ONU diz, por enquanto, que 670 pessoas estão desaparecidas. Devido à localização remota, ajuda tem demorado a chegar no local, onde moradores usam pás e as próprias mãos para tentar resgatar sobreviventes.
Imagens registradas por satélites deram a dimensão da destruição causada por uma avalanche em Papua-Nova Guiné na sexta-feira (24) que, segundo o governo, deixou cerca de 2.000 pessoas soterradas.
O registro revela o extenso trecho de terra levado pelo deslizamento, que ocorreu de madrugada e passou por cima de centenas de casas enquanto famílias dormiam.
Nesta segunda-feira (27), o Centro Nacional de Desastres de Papua-Nova Guiné atualizou para 2.000 o número de pessoas possivelmente soterradas.
A agência da Organização Internacional para as Migrações da ONU (OIM) estimou um número de soterrados e mortos mais baixo: 670 pessoas.
O deslizamento de terra atingiu a aldeia de Yambali, no norte do país, por volta das 3 da manhã de sexta-feira (24), enquanto a maior parte da comunidade dormia. Mais de 150 casas foram soterradas sob escombros de quase dois andares de altura.
As equipes de resgate disseram à mídia local que ouviram gritos vindos do subsolo. Mas um terreno traiçoeiro e a dificuldade de levar ajuda à região aumentam o risco de poucos sobreviventes serem encontrados.
“Tenho 18 membros da minha família enterrados sob os escombros”, disse Evit Kambu, morador na área, à Reuters.
Mais de 72 horas depois do deslizamento, os moradores ainda usam pás, paus e as próprias mãos para tentar remover os destroços e alcançar os sobreviventes.
Devido à localização remota, o equipamento pesado para trabalhar nas operações de resgate e a ajuda humanitária têm demorado a chegar no local. A primeira escavadeira só chegou ao local na noite de domingo (26), segundo um funcionário da ONU.
O contato com outras partes do país também está difícil e instável, devido à recepção irregular de sinal de celular e à eletricidade limitada.
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