Herbert Lins
Publicada em 05/06/2024 às 09h00
Governo Lula segue a lógica de Delfin Neto de deixar o bolo crescer para depois dividir
Na Coluna de segunda-feira (03) escrevi que o Governo Lula avançou, em um ano e meio - por mais erros que existam no seu governo, o Brasil ultrapassou a economia do Canadá e empatou com a Itália. Mas isso só foi possível porque somos a Albânia da atualidade, ou seja, um fazendão do mundo. O presidente Lula e o ministro da Economia Fernando Haddad comemoraram os índices de crescimento da economia e tiveram ampla cobertura da imprensa. De volta ao Palácio do Planalto, o Governo do presidente Lula tendo à frente Fernando Haddad no Ministério da Fazenda, seguem a lógica do ex-ministro da Fazenda Delfim Netto - período da Ditadura Militar e um dos signatários do Ato Institucional n.º 5 (AI-5), de “É preciso fazer o bolo crescer para depois dividi-lo”. A metáfora do então ministro Delfim Netto é, até hoje, uma das mais lembradas do regime militar. Com o passar do tempo, o bolo cresceu e ficou conhecido como período do “milagre brasileiro”, mas poucos comeram e continuam comendo as fatias do bolo. Desde a Ditadura Militar, é inegável que houve um aumento das desigualdades sociais. Entre 1968 e 1973, o Brasil cresceu acima de 10% ao ano, levando o país ao topo do ranking mundial das economias emergentes. Mas, em contrapartida, o salário mínimo, que vinha recuperando o poder de compra nos anos 1960, perdeu literalmente com o golpe de 1964. Em 1974, em pleno “milagre econômico”, o poder de compra do salário mínimo representava a metade do que era em 1960, por sua vez, o crescimento econômico significava mais oportunidades de lucros altos, renda e crédito para consumo de bens duráveis; para os mais pobres, assalariados ou informais, restava a manutenção de sua pobreza que se arrastas desde os primórdios do início da República.
Abismo
Combater o abismo social no mundo é medida necessária e cada vez mais defendida por economistas e especialistas de diferentes perspectivas ideológicas. Para enfrentar a concentração de renda e a desigualdade social crescente, a principal estratégia adotada com sucesso em países desenvolvidos é a efetivação de um sistema tributário progressivo, modelo que escalona a arrecadação de impostos, taxando mais os contribuintes com maior renda e patrimônio.
Humanista
Combater a desigualdade social e a pobreza não é tornar o Brasil um país comunista. Numa perspectiva humanista, reduzir desigualdades é a medida necessária para tirar milhões de indivíduos da extrema pobreza, oferecendo a eles condições dignas de vida, com menos injustiças e mais equilíbrio de oportunidades e de condições para disputa no mercado de trabalho.
Prometeu
Na campanha, o presidente Lula (PT) caso voltasse a ocupar novamente o Palácio do Planalto, prometeu implementar uma tributação mais simples e justa, com progressividade do sistema tributário brasileiro, tributação dos mais ricos com desoneração dos mais pobres e redução da tributação do consumo.
Capacidade
No Poder, o Presidente Lula (PT) aprovou com o Congresso Conservador (2023), a Reforma Tributária que substitui cinco tributos (IPI, PIS, Cofins, ICMS e ISS) por dois outros tributos (IVA e imposto seletivo). Resta saber se essa reforma conseguirá reduzir substancialmente a desigualdade econômica no país.
Coragem
Falando em Lula e PT, quando ele esteve preso na carceragem da Policia Federal em Curitiba por conta da Operação Lava-jato – vítima de “lawfare”, assassinato de reputação, poucos militantes da esquerda de Porto Velho, pouquíssimos mesmos – que não ultrapassam os dedos da mão direita e esquerda, tiveram a coragem de defender o presidente Lula na militância online e offline.
Destaco
A operação Lava-jato foi o período mais negro da nossa História política e judiciária, levou a prisão o presidente Lula e serviu para promover o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, ambos do PT, além de sabotar o crescimento das nossas indústrias nacionais no mercado mundial, o desenvolvimento do nosso projeto nuclear e o avanço da exploração de petróleo. Nesse período, destaco o ativismo político do advogado Samuel Costa (Rede) e da jornalista Luciana Oliveira, na defesa online e offline do presidente Lula e da ex-presidente Dilma Rousseff.
Liberdade
No meu caso, que fui vítima de uma operação policial para assassinar reputações - Operação Apocalipse, estudei os livros “O Processo” do Kafka e “Assassinato de reputações” de Romeu Tuma Júnior. Daí refleti, militei em defesa da liberdade do presidente Lula (PT) e me posicionei contra o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), igual fui contra o impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Melo.
Oferta
A Comissão de Infraestrutura do Senado aprovou ontem (04), um projeto de lei que possibilita que as empresas estrangeiras operem no Brasil com a oferta de voos domésticos, o que deve elevar a oferta de voos para Rondônia e outros estados da Região Norte. O projeto é de autoria do senador Sérgio Petecão (PSD-AC) e foi relatado pelo senador Jaime Bagattoli (PL-RO).
Vereadora
A deputada federal Cristiane Lopes (União) ainda pensa que é vereadora, ontem (04) a deputada fez uma visita técnica a Superintendência Municipal de Integração Distrital - SMD, para protocolar pedidos de providências em relação à limpeza, patrolamento e encascalhamento de ruas urbanas e áreas rurais de todos os distritos de Porto Velho, começando pelo distrito de Vista Alegre do Abunã.
Entrega
Eu e os leitores da Coluna Falando Sério, esperava da deputada federal Cristiane Lopes (União), comparecesse na Superintendência Municipal de Integração Distrital – SMD, para realizar a entrega de patrulhas mecanizadas e recursos para aquisição de tubos linear corrugados em aço, no sentido de promover permanentemente a recuperação das estradas rurais dos distritos da nossa capital.
Amazônico
O deputado estadual Laerte Gomes (PSD) que preside o Parlamento Amazônico, fez uma visita técnica à Assembleia Legislativa do Mato Grosso (04) e foi recebido pelo presidente da Casa de Leis mato-grossense, deputado Eduardo Botelho (União Brasil) e outros parlamentares.
Ingresso
O deputado estadual Laerte Gomes (PSD) como presidente do Parlamento Amazônico, convidou os deputados mato-grossenses para participarem do 1º Fórum de Deputados e Deputadas da Amazônia Legal e o ingresso da Assembleia Legislativa do Mato Grosso no Parlamento Amazônico.
Sonha
Com a saída do deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL) como pré-candidato do bolsonarismo ao Prédio do Relógio, o advogado Ricardo Frota (Novo), sonha em ser o herdeiro natural do bolsonarismo nas eleições municipais.
Pesadelo
Para pesadelo do pré-candidato Ricardo Frota (Novo) e demais que sonham em herdar os votos dos bolsonaristas para suceder o prefeito Hildon Chaves (PSDB) no Prédio do Relógio, a herdeira natural do apoio do Clã Bolsonaro em Rondônia é a pré-candidata Mariana Carvalho (União). Mariana é amiga do senador Flávio Bolsonaro e de boa parte da cúpula nacional, estadual e municipal do PL.
Polarizada
Falando em Mariana Carvalho (União), quem pensa que a eleição municipal será polarizada entre Mariana e Léo Moraes (Podemos), pode cancelar suas apostas. Léo não tem apoio de lideranças de bairros, nominata de vereadores, estrutura partidária e muito menos a confiança de líderes partidários locais e estaduais.
Rejeitados
Os dados eleitorais das eleições de 2022 revela o fiasco que foi a candidatura precoce de Léo Moraes (Podemos) ao Governo de Rondônia e quando restou a ele, a parceria de palanque com o ex-senador Expedito Júnior (PSD), ambos foram rejeitados nas urnas.
Tamanho
A polarização de hoje pode não ser do amanhã, com tantos pré-candidatos ao Prédio do Relógio, Léo pode sair do tamanho que saiu o ex-deputado federal Mauro Nazif (PSB) nas eleições municipais de 2008, ou seja, amargar um terceiro lugar. Aparentemente, Léo vai bem no Detran - apesar da autopromoção pessoal através do cargo, poderia finalizar sua gestão e retornar à Câmara Federal tranquilamente.
Repercussão
Ontem (04), após a repercussão da Coluna em relação ao abandono das ruas centrais da nossa capital, o pré-candidato a vereador Rogério Quaresma (União Brasil), comerciante na região central, defende a requalificação da vocação comercial da Avenida Sete de Setembro, além de redução dos impostos municipais e estaduais para os estabelecimentos comerciais e escritórios.
Apoio
O pré-candidato a vereador, advogado Anderson Nãnan (Avante), gravou um vídeo na Praça Jônatas Pedrosa e na Avenida Sete de Setembro, defendendo apoio do poder municipal para resgatar a importância comercial do centro de Porto Velho.
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