Rondoniadinamica
Publicada em 15/06/2024 às 10h18
Porto Velho, RO – A decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de tornar Jair Bolsonaro inelegível até 2030 criou um vácuo de liderança na direita brasileira que precisa ser preenchido. Em Rondônia, um estado majoritariamente conservador e fortemente pró-Bolsonaro, as atenções começam a se voltar para novas figuras que possam representar seus ideais e liderar o movimento em 2026. Entre os nomes que surgem no horizonte, o coach e candidato a prefeito de São Paulo, Pablo Marçal, do PRTB, desponta como uma potencial opção.
Recentemente, Marçal esteve no Congresso Nacional para acompanhar o julgamento do Conselho de Ética da Câmara, onde a representação contra o deputado federal André Janones (Avante) foi arquivada. Durante sua visita, Marçal recebeu elogios e demonstrações de apoio de parlamentares rondonienses, indicando uma possível inclinação da direita local em abraçar sua candidatura.
O deputado Lúcio Mosquini, do MDB, postou uma foto ao lado de Marçal nas redes sociais, dizendo: "Recebemos hoje no Plenário o Grande @pablomarcal1 Grande líder e candidato a Prefeitura de São Paulo, homem de fé que fez um trabalho muito bonito ajudando as famílias do Rio Grande do Sul". Já o deputado Fernando Máximo, do PL, foi além e fez um discurso na Câmara exaltando Marçal: "Quero registrar a presença aqui de um grande homem, de um grande líder, de uma pessoa que tem transformado positivamente milhões de vidas neste País, Pablo Marçal, um homem de bem, um homem que ajudou o seu Estado, Presidente, o Rio Grande do Sul, em razão das enchentes."
Essas demonstrações de apoio não são isoladas. Rondônia, um estado onde o conservadorismo é forte e o bolsonarismo ainda possui raízes profundas, mostra sinais de estar disposta a procurar uma nova liderança que possa continuar a promover os valores defendidos por Bolsonaro. A figura de Pablo Marçal, com seu histórico de polêmicas e histórias mirabolantes na internet, atitudes controversas de auto-exaltação messiânica, declarações absurdas e ações sociais com apelo popular, começa a ganhar terreno como uma opção viável para representar a direita no cenário nacional.
No entanto, a transição não será simples. Aliados mais ferrenhos de Bolsonaro, como o senador Marcos Rogério e o deputado federal Coronel Chrisóstomo, ambos do PL, ainda evitam exaltar outros nomes publicamente, preferindo manter a lealdade ao ex-presidente. Ambos, inclusive, mesmo sabendo da inelegibilidade do aliado, continuam "vendendo" uma suposta candidatura dele lançando, inclusive, a tag #Bolsonaro2026 em postagens nas redes sociais. Este cenário de lealdade cega, porém, poderá mudar conforme se aproxima o período eleitoral e a necessidade de uma liderança sólida e presente se torna mais premente.
A eventual candidatura de Pablo Marçal pode representar uma nova era para a direita em Rondônia e no Brasil. Se ele conseguir capitalizar o apoio que começa a se formar ao seu redor, poderá emergir como uma figura central no movimento conservador, atraindo aqueles que veem em Bolsonaro um líder insubstituível, mas que agora precisam encontrar uma nova voz para continuar sua luta política.
Em um estado que sempre mostrou um forte alinhamento com as políticas de Bolsonaro, a ascensão de Marçal pode ser a resposta que muitos deles procuram. Fernando Máximo destacou em seu discurso: "Um homem de bem, um homem que ajudou o seu Estado... enviou mais de 170 carretas com mantimentos para ajudar as vítimas das enchentes do Rio Grande do Sul." Essa publicidade em cima da capacidade de ação e liderança em tempos de crise pode ser exatamente o que a direita rondoniense precisa para seguir em frente na ausência de Bolsonaro.
Enquanto a direita de Rondônia e do Brasil como um todo navega essas águas políticas incertas, a figura de Pablo Marçal começa a emergir como possibilidade, guiando um movimento em busca de um novo líder. Com o apoio crescente e a popularidade à prova, ele poderá ser a o nome forte do conservadorismo nas próximas eleições presidenciais.
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