G1
Publicada em 17/06/2024 às 11h02
Os navios e submarinos de guerra russos que fizeram manobras militares na costa de Havana, em Cuba, na semana passada, começaram a deixar o porto da capital cubana nesta segunda-feira (17), segundo a agência de notícias estatal russa RIA.
A visita das embarcações gerou tensões de um conflito regional -- Cuba foi, durante a Guerra Fria, um grande parceiro da União Soviética, e a crise dos mísseis, quando os EUA descobriram que a URSS construía uma base de mísseis em território cubano, quase terminou em uma guerra nuclear.
A Rússia, que atualmente alimenta a rivalidade com os EUA na guerra da Ucrânia, afirmou que o envio de navios de guerra a Cuba era apenas uma "operação entre dois países com amizade história" e garantiu que nenhuma das embarcações portava armas nucleares.
O governo norte-americano disse também não ter visto uma ameaça com o episódio, mas monitorou a movimentação e enviou um submarino nuclear de ataque rápido USS Helena à Baía de Guantánamo. O Canadá também mandou um navio militar de patrulha para a costa de Cuba.
Entre as embarcações enviadas pela Rússia ao país caribenho estavam uma fragata da marinha russa e um submarino com propulsão nuclear.
As embarcações Gorshkov e Kazan estão equipadas com mísseis hipersônicos do tipo 3M22 Zircon, que tem alcance de 1.000 quilômetros e superam em nove vezes a velocidade do som. Eles também levam mísseis de cruzeiro Kalibr e mísseis antinavio Onyx, segundo o Ministério da Defesa russo.
Guerra da Ucrânia
A visita também foi interpretada como uma demonstração de força russa no contexto da piora das relações entre a Rússia e o Ocidente por conta da Guerra da Ucrânia nas últimas semanas.
O presidente russo Vladimir Putin disse que poderia utilizar armas nucleares caso sentisse que a soberania do país estivesse ameaçada. Mais recentemente, diante da possibilidade da Ucrânia utilizar armas fornecidas pelos aliados contra a Rússia, Putin ameaçou enviar armamentos a países aliados.
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