Herbert Lins
Publicada em 11/07/2024 às 09h30
No curso que ministro de construção de candidatos, candidaturas e organização de campanhas eleitorais, bem como nas consultorias em Marketing Eleitoral, existem perguntas recorrentes sobre ideologias e partido de esquerda, de direita ou centro. Neste caso, a grande maioria dos pré-candidatos não se deu o trabalho de ler o estatuto do partido antes de efetivar a sua filiação partidária. Para compreender melhor, é preciso saber como surgiu essa denominação, esquerda, direita e centro, quando o assunto é política. Na verdade, essa denominação tem origem no final do século XVIII, na Revolução Francesa, revolução que mudou a Europa e o mudou. A partir da Assembleia Constituinte de 1789, convocada pelo rei Luís XVI da dinastia Borbão, que governava a França naquele período, o país vivia uma crise política e econômica. Na assembleia, participaram três grupos políticos, os Jacobinos, Girondino e um terceiro grupo, chamado de Pântano ou da Planície. Nessas reuniões da Assembleia dos Estados Gerais, como era chamada, cada grupo político tinha um posicionamento em relação a interesses políticos e econômicos. Um ficava mais à esquerda, outro ficava à direita do salão de reuniões, e o outro ficava no centro. Neste caso, os Jacobinos, que sentavam à esquerda, representavam a média e a pequena burguesia, já os Girondinos, sentavam à direita, representavam a alta burguesia. Por fim, quem sentava ao centro era a burguesia financeira e apoiava quem estava no poder.
Direita
O pessoal do partido de direita, os Girondinos, virou exemplo de conservadores que não quer mudanças. Ou no máximo, defende uma mudança gradual, ficando conhecidos como reformistas, não têm uma posição revolucionária.
Centro
O pessoal do centro não tinha e não tem posição ideológica definida, ou seja, ideologicamente, eram nulos e estavam dispostos a negociar o seu apoio a quem estivesse ocupando os espaços de poder e de tomada de decisões – fisiológicos.
Esquerda
Já o pessoal do partido de esquerda, teoricamente, defende mudanças políticas, econômicas e sociais. Neste caso, defende a redução de desigualdades sociais, defende direitos em vez de privilégios e geração de oportunidades para cidadãos em desvantagem em relação a outros.
Tributária
O parecer sobre o Projeto de Lei Complementar (PLP) 68/2024, de autoria do Poder Executivo, aprovado ontem (10) no Plenário da Câmara dos Deputados, regulamenta a Reforma Tributária que fixa regras relativas à Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), ao Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e ao Imposto Seletivo (IS), que irão substituir um conjunto de cinco impostos hoje adotados no país.
Reduzir
A ideia da Reforma tributária é unificar e simplificar o sistema tributário. Neste caso, governo e congressistas que votaram pela reforma afirmam que a mudança vai reduzir a carga tributária de 34,4% para, no máximo, 26,5%, 27%. A matéria agora segue para o Senado.
Oposição
A oposição que o reúne o PL, Novo e alguns deputados federais do campo da extrema-direita vinculados a algumas outras siglas partidárias, apresentaram requerimento de retirada de pauta para que o PLP não fosse votado neste semestre e seguiu investindo na narrativa de que a proposta implementa um aumento de impostos no país.
Patrolados
Contudo, os deputados da extrema-direita que são contra a reforma tributária, foram patrolados no plenário da Câmara. O texto-base foi aprovado por 336 votos favoráveis, 142 contrários e 2 abstenções.
Votaram
Os deputados federais Thiago Flores (Republicanos), Fernando Máximo (União), Maurício Carvalho (União), Coronel Chrisóstomo (PL) e as deputadas Cristiane Lopes (União) e Silvia Cristina (PP), votaram contra a regulamentação da reforma tributária. Os deputados federais Lúcio Mosquini (MDB) e Lebrão (união), votaram a favor.
Possibilidade
O pré-candidato Vinicius Miguel (PSB) depois da rasteira que levou da federação PT/PCdoB/ e do PDT, tenta buscar a construção de uma aliança com a federação Rede/PSOL e partidos de Centro e Centro-Direita. Inclusive, não descarta a possibilidade de figurar como candidato a vice-prefeito numa chapa.
Diferenças
Os pré-candidatos Valdir Vargas (PP) e Vinícius Miguel (PSB), se reuniram para discutir a sucessão do prefeito Hildon Chaves (PSDB) no Prédio do Relógio. Apesar de suas diferenças ideológicas, compartilharam visões diferentes de gestão pública.
Estratégia
O pré-candidato agroboy Valdir Vargas (PP) que representa um segmento da juventude empresarial local e do agronegócio da capital Porto Velho, uma vez com Vinicius Miguel (PSB) encabeçando a chapa ao Prédio do Relógio, representaria uma estratégia para aproximar e atrair um eleitorado mais tradicional e conservador nas questões econômicas e sociais da cidade.
Improvável
Acredito que seja improvável a aliança entre o pré-candidato Valdir Vargas (PP) e Vinicius Miguel (PSB). Valdir, por ser considerado milionário, enfrenta dificuldades dentro do seu próprio partido por não querer meter a mão no bolso e garantir a estrutura mínima de pré-campanha para si e para os pré-candidatos a vereadores.
Reunião
A crise interna do PP entre o pré-candidato Valdir Vargas e os pré-candidatos a vereadores da legenda, resultou na reunião com a deputada Silvia Cristina, recém-chegada a legenda e dirigentes partidários na noite de segunda-feira (8), para suavizar os ânimos e o descontentamento da nominata de vereadores.
Intervenção
O desconhecimento e o oba-oba do pré-candidato agroboy Valdir Vargas (PP) é tanto, que o mesmo pensou que o pagamento da agência de publicidade de sua pré-campanha seria pelo partido. Uma fonte dentro do PP revelou que o pagamento da agência, para ser feito, precisou da intervenção do ex-governador Ivo Cassol (PP) – homem de palavra e que não atrasa compromissos na praça.
Desmentiu
O marqueteiro Marcelo Vitorino desmentiu as informações de que tinha contrato fechado com o pré-candidato Léo Moraes (Podemos) ao Prédio do Relógio. Vitorino, no seu Instagram, afirmou: “não poderei coordenar a comunicação do candidato Léo Moares à prefeitura de Porto Velho”.
Esforços
O marqueteiro Marcelo Vitorino que fez a campanha de reeleição do ex-governador Confúcio Moura (MDB) na eleição de 2014; do ex-candidato a prefeito de Porto Velho do Dr. Breno Mendes (Avante), na eleição de 2020; do governador Marcos Rocha (União) e de Mariana Carvalho (União) ao Senado, na eleição de 2022, concentrará esforços profissionais na reeleição do prefeito David Almeida (Avante) de Manaus.
Perde
O pré-candidato Léo Moraes (Podemos) perde um profissional de excelência, mas no mercado local, existem bons profissionais em Marketing Político e Eleitoral. Parabéns ao prefeito Hildon Chaves (PSDB) que venceu duas vezes com os profissionais prata da casa.
Livro
O professor, escritor e vereador Aleks Palitot (PRD) está lançando seu quarto livro. A obra, intitulada “Rondônia, uma Pequena História”, é voltada ao público infantil e mostra belezas e peculiaridades do estado de Rondônia. A obra será lançada no dia 19 de julho, às 19h no auditório da Faculdade Sapiens.
URL: https://rondoniadinamica/noticias/2024/07/diferenca-entre-direita-esquerda-e-centro-reforma-tributaria-aprovada-improvavel-a-alianca-entre-valdir-vargas-e-vinicius-miguel,194624.shtml