Rondoniadinamica
Publicada em 06/08/2024 às 14h07
Porto Velho, RO – O Ministério Público Federal de Rondônia (MPF/RO) pediu o arquivamento do inquérito que investigava a suposta evolução patrimonial incompatível com a renda do ex-prefeito de Porto Velho, Roberto Eduardo Sobrinho. Após 12 anos de investigação, que envolveu diversos órgãos como a SPPEA, ASSPAD LOCAL, 5ª CCR, MP/RO e a Polícia Federal, foi concluído que o ex-prefeito possui um patrimônio compatível com sua renda.
O documento de arquivamento destaca que "não foi possível constatar tais alegações" de evolução patrimonial ilícita e que também não houve irregularidades na gestão de Sobrinho à frente da Prefeitura de Porto Velho, especialmente na Secretaria Municipal de Projetos e Obras Especiais (SEMPRE).
A investigação, iniciada em 2011, envolveu uma série de medidas, incluindo quebras de sigilo bancário e fiscal, reuniões e expedição de ofícios. O trabalho, conhecido como "OPERAÇÃO SEMPRE MPF", teve como foco principal a análise das movimentações financeiras e patrimoniais de Sobrinho e de seus associados.
O MPF ajuizou 25 ações na Justiça Federal, que também não encontraram irregularidades significativas durante a gestão de Sobrinho. As investigações contaram com o apoio técnico da Polícia Civil de Rondônia, que analisou os documentos e relatórios, confirmando a ausência de evolução patrimonial incompatível.
O Procurador da República, Reginaldo Trindade, justificou o arquivamento com base na antiguidade dos fatos investigados, a falta de novas evidências e a mudança na legislação que aumentou a dificuldade de continuidade das investigações.
"Neste feito, foram adotadas um número gigantesco de medidas investigativas, dentre as quais se pode mencionar a expedição de ofícios e a realização de reuniões; além da adoção até de medidas judiciais, de que são exemplo eloquente a quebra de sigilo bancário e o protesto para interrupção da prescrição. No entanto, a despeito do esforço de anos de trabalho, não se logrou desvendar, com exatidão, se houve ou não evolução atrimonial ilícita do ex-alcaide desta capital", anotou o representante do MPF/RO no documento assinado em junho de 2024.
Ao saber da notícia, Roberto Sobrinho declarou: "Esperava por esta notícia há muitos anos, anos de muito sofrimento, mas sempre tive a consciência tranquila de que como gestor público sempre zelei pelo correto uso do dinheiro público. Lamento o uso político que meus adversários fizeram das acusações, o que com certeza me retirou do cenário político do Estado de Rondônia. Agradeço aqueles que sempre estiveram ao meu lado, acreditando na minha palavra, especialmente a minha esposa e família. Obrigado pelo apoio que vocês me deram."
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