Herbert Lins
Publicada em 29/08/2024 às 09h30
A catraca girou em São Paulo com o candidato a prefeito Pablo Marçal (PRTB)
Eu costumo dizer nos treinamentos que ministro em Marketing Eleitoral que a catraca, quando gira a favor de um candidato, não volta mais, daí em diante o sentido é a vitória nas urnas. Esse fenômeno está acontecendo na cidade de São Paulo com o candidato Pablo Marçal (PRTB) que saiu do nada roubando a cena com discurso antissistema e conseguiu atrair o voto de protestos de eleitores descontentes com os péssimos serviços públicos prestados diante da carga elevada de impostos, bem como o custo de vida elevado, juros altos e o peso de manutenção dos três poderes na República em escala municipal, estadual e federal. Marçal como o improvável no começo, inclusive afirmei isso para alguns amigos mais próximos, porém, depois que ele recebeu atenção e munição da candidata Tabata Amaral (PSB), além de lançar fake news contra o candidato Guilherme Boulos (PSOL) e tirá-lo do sério com a carteira de trabalho na mão durante um debate televisivo, ele conseguiu girar a catraca. Em face disso, o improvável pode se tornar o provável no pleito eleitoral de outubro.
Representa
O candidato a prefeito de São Pablo Marçal (PRTB) pode ter sido tudo no passado e no presente que uma sociedade civilizada condena, mas no presente, representa o voto de protesto de eleitores saturados com o discurso “mais do mesmo”.
Caminhos
Pablo Marçal (PRTB), caso eleito prefeito de São Paulo com suas ideias mirabolantes e discurso antissistema, só existem dois caminhos: se enquadrar ao sistema ou perecer.
Destino
Caso insista em ser o Milei brasileiro, Pablo Marçal (PRTB) poderá ter o mesmo destino do ex-governador Wilson Witzel, que foi cassado e hoje vive no ostracismo político. Ou banido da vida pública, como foi o ex-governador João Dória de São Paulo.
Tragédia
Não há risco algum para o sistema político e para a cidade de São Paulo caso Pablo Marçal (PRTB) se torne prefeito. O pior que pode acontecer são quatro anos perdidos para a cidade. Por sua vez, Marçal poderá ser considerado um segundo Jânio Quadros como tragédia eleitoral causada por eleitores descontentes com a classe política.
Firme
Outro exemplo é o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que foi eleito presidente do Brasil com o discurso antissistema, pouco entregou, boicotou as medidas sanitárias na pandemia da Covid-19 e o país continuou firme e forte.
Lados
Haverá sempre dois lados, aquele que governa e o outro que faz oposição. O maior exemplo é do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), acusado pelas 700 mil mortes na pandemia da Covid-19; do abandono total aos seus seguidores que estão presos e sendo condenados mediante a participação dos atos de vandalismo e depredação do patrimônio público do 8 de janeiro, em Brasília.
Revogação
Sobra para o presidente Lula (PT) os possíveis avanços da reforma tributária e as críticas a reforma da previdência, a independência do Banco Central e a política dos juros altos, o desconto previdenciário dos aposentados criado no próprio governo Lula II, além de outras medidas criticadas pelo PT, mas que jamais sequer tiveram sua eventual revogação debatida.
Agenda
O deputado estadual Alan Queiroz (Podemos) participa de agenda intensa nos municípios de Guajará-Mirim e Nova Mamoré. Ontem (28), ele participou, ao lado da deputada federal Silvia Cristina (PP), de uma caminhada com o candidato a prefeito Netinho (PP) e o candidato a vice-prefeito Ricardinho Maia (Republicanos). Já em Nova Mamoré, participará de reuniões e prestigiará a Festa do Leite no Distrito de Palmeiras - Linha 20.
Batalha I
É preciso ter coragem para escrever sob risco de ser processado novamente pelo candidato Léo Moraes (Podemos), mas não poderia deixar passar em branco na coluna, a batalha judicial que o candidato Léo Moraes (Podemos) e o seu advogado Nelson Canedo, travam contra o final de gestão do prefeito Hildon Chaves (PSDB).
Batalha II
A batalha judicial mais recente trata da comunicação institucional da Prefeitura Municipal de Porto Velho - PMPV. Neste caso, existe uma diferenciação entre comunicação institucional e comunicação de utilidade pública. Realizei um levantamento e identifiquei que a Prefeitura de Porto Velho retirou do ar as campanhas de publicidade e propaganda no dia 31 de maio, ou seja, mais de um mês antes do prazo final conforme a lei.
Veda I
O que ficou no ar no site da prefeitura e nas redes sociais foram as comunicações de utilidade pública e a comunicação institucional com matérias jornalísticas enviadas para os veículos de comunicação. Já a propaganda e publicidade foram retiradas do ar porque a legislação eleitoral veda a sua veiculação.
Veda II
No entanto, a legislação eleitoral não veda a informação jornalística, ou seja, aquelas que as pessoas precisam ter acesso às informações pertinentes a campanhas de vacinação, queimadas e outros tipos de comunicação, que orienta o cidadão no período eleitoral, mas que não configura como propaganda e publicidade da prefeitura.
Induzindo
Quando o candidato Léo Moraes (Podemos) através do seu advogado Nelson Canedo, pede para a justiça tirar do ar a propaganda e a publicidade da Prefeitura de Porto Velho, na verdade, está induzindo a Justiça Eleitoral ao erro, porque a propaganda e a publicidade saiu do ar no dia 31 de maio, e aí eles incorrem em deixar o juiz entender que comunicação institucional e a utilidade pública é propaganda e publicidade paga com a verba de comunicação.
Legal
A publicidade legal é o ato de divulgar os editais da prefeitura. Neste caso, juntaram notas de empenho de publicação legal dos editais, como se fosse publicidade e propaganda. Daí, induziram o douto magistrado a interromper a publicação de editais de licitação, portanto, a gestão não pode licitar mais nada, inclusive a merenda escolar, combustíveis, remédios, materiais médico-hospitalares e outros.
Expressaram
Os vereadores Aleks Palitot (PRD) e Dr. Júnior Queiroz (Republicanos) expressaram sua indignação com as queimadas e a fumaça que tomaram conta dos céus de Porto Velho. Palitot sugeriu medidas para combater as queimadas em Porto Velho. Já Dr. Júnior defendeu a prioridade no atendimento de pacientes nas unidades de saúde que apresentam problemas respiratórios devido à fumaça.
Gigante
A reunião de lançamento da candidatura do ex-vereador Claudio da Padaria (Agir), que deseja retornar à CMPV, foi gigante no bairro São Sebastião. Contou com a presença da candidata Mariana Carvalho (União Brasil), do candidato a vice-prefeito Pastor Val (PL), da deputada federal Cristiane Lopes (União Brasil) e do deputado estadual Marcelo Cruz (PRTB), ele que se tornou um dos maiores influenciadores eleitorais no pleito eleitoral municipal em curso.
Declarando
O candidato a vereador Léo Alencar (PL), que busca conquistar uma cadeira na CMPV, lançou vídeos nas redes sociais com a pastora Judileia Ramos e os pastores Luciano Subirá e Fabio Ramos, declarando apoio à sua candidatura.
Sério
Falando sério, na coluna de sexta-feira (22) passada, escrevi que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) poderia subir no palanque de Pablo Marçal no segundo turno em São Paulo. Mas o clã Bolsonaro já antecipou o segundo turno e abriu para Marçal participar da manifestação do 7 de setembro na Avenida Paulista. Neste caso, já apresentam sinais que vão abandonar a aliança com o prefeito Ricardo Nunes (MDB), que busca a reeleição.
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