Semusa
Publicada em 17/09/2024 às 11h37
A Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) concluiu mais um Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) em Porto Velho. Este é o terceiro estudo realizado este ano para avaliar o risco de proliferação do mosquito na capital. O resultado apontou um Índice de Infestação Predial (IIP) de 0,4, ou seja, baixo risco de surto das doenças transmitidas pelo mosquito como dengue, zika e chikungunya.
O LIRAa é executado pelo Departamento de Vigilância em Saúde (DVS) da Semusa, através da Divisão de Pesquisa e Diagnósticos de Zoonoses e Entomológica (DPDZE).
O levantamento, realizado entre 5 de agosto e 3 de setembro de 2024, também apontou que os principais criadouros do mosquito foram depósitos de água de armazenamento baixo (37,5%) e lixo doméstico, incluindo recipientes plásticos (31,3%).
A diretora do DVS, Geisa Brasil, explica que “em comparação com os dois primeiros levantamentos, é perceptível a redução do índice de infestação predial. Essa diminuição está vinculada às atividades educativas sobre prevenção ao mosquito transmissor da dengue, realizadas nos bairros mais endêmicos e também em escolas da capital”, aponta a diretora.
Ela ainda observa que o período de estiagem severa em Porto Velho é outro importante fator que contribuiu para a redução do índice de infestação do Aedes aegypti.
MAIS ATENÇÃO DA POPULAÇÃO
Apesar do baixo risco, todos os cuidados devem continuar sendo tomados
Apesar do baixo risco para infestação do mosquito Aedes aegypti, Geisa Brasil reforça a necessidade da população manter a limpeza recorrente dos quintais, recolhendo entulhos e outros objetos que podem acumular água.
"A proximidade do período chuvoso exige ainda mais atenção de todos nós. Qualquer acúmulo de água, por menor que seja, até mesmo uma simples tampinha, pode se tornar um ambiente propício para a proliferação do mosquito Aedes aegypti. Precisamos intensificar nossos esforços no combate aos criadouros, pois o ciclo de desenvolvimento do mosquito, desde o ovo até a fase adulta, é muito rápido. A participação de toda a comunidade é fundamental para evitar surtos de dengue, zika e chikungunya", reforça a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde (DVS) da Semusa.
Confira os resultados dos LIRAas de 2024:
1º LIRAa (março) = 3,3% IIP - Alerta
2° LIRAa (junho) = 2,4% IIP - Alerta
3º LIRAa (setembro) = 0,4% IIP - Baixo Risco
Casos de Dengue em Porto Velho
Os casos de dengue em Porto Velho vem diminuindo gradativamente ao longo dos anos, fruto de uma trabalho de educação em saúde, conscientização da população e limpeza urbana realizada pela Prefeitura. Em 2022, o município confirmou 1.963 casos de dengue contra 1.093 em 2022. Esse ano, de janeiro a agosto, são 540 registros da doença.
CUIDADOS COLETIVOS
Mas além dos trabalhos realizados pela Prefeitura no combate à dengue, a contribuição coletiva também é importante para diminuir o número de casos da doença na capital.
Confira algumas medidas para evitar a proliferação do mosquito:
1 – Mantenha bem tampados: caixas e barris de água;
2 – Coloque o lixo em sacos plásticos e mantenha a lixeira sempre bem fechada;
3 – Não jogue lixo em terrenos baldios;
4 – Se for guardar garrafas de vidro ou plástico, mantenha-as sempre com a boca para baixo;
5 – Não deixe a água da chuva acumular sobre a laje e calhas entupidas;
6 – Encha os pratinhos ou vasos de planta com areia até a borda;
7 – Se for guardar pneus velhos em casa ou borracharias, retire toda a água e mantenha-os em locais cobertos, protegidos da chuva;
8 – Limpe as calhas com frequência, evitando que galhos e folhas possam impedir a passagem da água;
9 – Lave constantemente, com água e sabão, os recipientes utilizados para guardar água, pelo menos uma vez por semana;
10 – Os vasos de plantas aquáticas devem ser lavados com água e sabão, toda semana. É importante trocar a água desses vasos com frequência;
11- Piscinas e fontes decorativas devem ser sempre limpas e cloradas.
URL: https://rondoniadinamica/noticias/2024/09/lixo-domestico-continua-sendo-o-principal-criadouro-do-mosquito-transmissor-da-dengue-zika-e-chikungunya,199725.shtml