G1
Publicada em 19/09/2024 às 15h37
Um ataque da Rússia à Ucrânia nesta quinta-feira (19) atingiu um lar de idosos na cidade de Sumy, no norte do país.
O prédio de cinco andares, atingido por um míssil, abrigava 211 residentes, muitos com deficiência ou dificuldade de deslocamento. Um deles morreu e 13 ficaram feridos.
Imagens divulgadas pelo Serviço de Emergência ucraniano mostram o resgate de vários idosos, que tiveram que ser deixados no gramado em frente ao edifício.
Sumy faz fronteira com a região russa de Kursk, onde as tropas ucranianas fazem uma grande incursão e, segundo Kiev, já dominaram mais de 100 assentamentos.
Idosa com andador é auxiliada por resgatista — Foto: Serviço de imprensa do Serviço de Emergência Estatal da Ucrânia/Divulgação via REUTERS
Guerra perto do fim?
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou nesta quarta-feira (18) que o "plano da vitória", que levará paz ao país, está pronto depois de muitas consultas, informou a Reuters. O plano, segundo a agência, também vai buscar manter a Ucrânia forte e evitar "conflitos congelados" — em referência à guerra com a Rússia.
No mês passado, Zelensky prometeu apresentar o plano para o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. O encontro deverá ocorrer na próxima semana enquanto participam das sessões do Conselho de Segurança e da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
Até agora, apesar de o presidente ucraniano fornecer atualizações diárias sobre a preparação do plano, ele deu poucas pistas sobre o conteúdo, indicando apenas que visa criar termos aceitáveis para a Ucrânia, que está em guerra com a Rússia há mais de dois anos e meio.
"Hoje, pode-se dizer que nosso plano de vitória está totalmente preparado. Todos os pontos, todas as áreas de foco principais e todas as adições detalhadas necessárias do plano foram definidas", disse Zelenskiy em discurso por vídeo.
Segundo ele, o mais importante será a determinação para implementá-lo. Para Zelensky, não há alternativa viável para alcançar a paz que passe por "congelar" o conflito sem uma solução real e que isso "simplesmente adiaria a agressão russa para outra fase".
Apesar das declarações de Zelensky, na segunda-feira (16), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou que o tamanho regular do Exército russo seja aumentado em 180 mil soldados, totalizando 1,5 milhão de militares ativos - expansão tornaria o Exército russo o segundo maior do mundo, menor apenas que o da China.
Na quinta (12), o presidente russo afirmou que a Otan estará "em guerra contra a Rússia" caso autorize a Ucrânia a usar mísseis de longo alcance. Essa possibilidade está sendo avaliada por Estados Unidos e aliados.
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