G1
Publicada em 26/09/2024 às 08h54
Israel está intensificando os bombardeios ao Líbano em meio ao conflito contra o grupo extremista Hezbollah, mas também segue sua ofensiva na Faixa de Gaza.
Nesta quinta-feira (26), as Forças de Defesa israelenses confirmaram um ataque ao complexo onde funcionava a escola Al-Faluja, no norte da Faixa de Gaza, e vídeos postados na rede social Telegram mostram uma grande nuvem de fumaça após o impacto do míssil e feridos sendo resgatados (veja no vídeo acima).
O local, que serve como abrigo para deslocados desde o começo da guerra de Israel contra o Hamas, já foi alvo de bombardeios anteriormente.
Militares israelenses dizem que o prédio faz parte de um complexo que abriga um centro de comando do grupo terrorista palestino:
"O centro de comando e controle foi usado por terroristas do Hamas para planejar e executar ataques terroristas contra as tropas da IDF e o Estado de Israel. Antes do ataque, várias medidas foram tomadas para mitigar o risco de ferir civis, incluindo o uso de munições precisas, vigilância aérea e informações adicionais de Inteligência".
Sem cessar-fogo também no Líbano
Autoridades do governo de Israel anunciaram nesta quinta-feira (26) que rejeitaram a proposta de cessar-fogo com o Hezbollah feita por Estados Unidos e França.
O ministro israelense das Relações Exteriores, Israel Katz, afirmou que não haverá um cessar-fogo com o grupo extremista libanês Hezbollah.
"Não haverá cessar-fogo no norte [de Israel]. Nós vamos continuar lutando contra a organização terrorista Hezbollah com toda a nossa força até a vitória e o retorno seguro dos moradores do norte para suas casas", escreveu Katz na rede social X.
Mais cedo, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que não havia respondido à proposta das potências ocidentais.
A ideia aventada por EUA e França era uma trégua de 21 dias para que houvesse tempo de tentar estancar a escalada do conflito por vias diplomáticas.
23 mortos em bombardeio na madrugada
Ataques aéreos feitos pelas Forças Armadas de Israel mataram ao menos 23 sírios em um edifício da cidade libanesa de Younine, informou a agência Reuters. Os bombardeiros foram na madrugada desta quinta-feira (26), pelo horário de Brasília, e também atingiram cerca de 75 alvos do Hezbollah no Líbano.
Segundo o prefeito da cidade, Ali Qusas, que foi ouvido pela agência, a maioria das vítimas eram mulheres e crianças. Elas estavam em um edifício de três andares. Além disso, oito pessoas ficaram feridas.
Segundo as Forças Armadas de Israel, instalações de armazenamento de armas e mísseis prontos para uso na região de Bekaa estão entre os locais bombardeados durante os ataques.
Na quarta-feira (25), o Ministério da Saúde do Líbano confirmou que os ataques israelenses resultaram em 72 mortos e 392 feridos. Desde o início dos bombardeios aéreos, na segunda-feira, até quarta, as autoridades libanesas afirmam que mais de 620 pessoas morreram.
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