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Publicada em 30/09/2024 às 16h35
Uma nova onda de calor deve marcar o fim de setembro e o início de outubro no país, com o ar quente e seco ganhando força no Sudeste e Centro-Oeste. A umidade do ar pode colocar em alerta em várias capitais, segundo a Climatempo.
As temperaturas ficam de 3°C a 5°C acima da média e as máximas podem alcançar os 39 ºC no interior de São Paulo, no Centro-Oeste, no Tocantins e no interior do Nordeste, segundo a agência.
Na cidade de São Paulo, o dia mais quente deve ser quarta-feira (2), com máxima de 36ºC e 21% de umidade relativa do ar –segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), o nível ideal para o organismo humano é de ao menos 60%.
Na segunda-feira (30), a mínima prevista na capital paulista é de 16ºC e a máxima de 33ºC. Na terça, a mínima vai a 19ºC e a máxima a 35ºC. A partir da quinta-feira (3), a chegada de uma frente fria reduz a temperatura máxima, que chega a 21ºC.
"O bloqueio atmosférico se mantém nos próximos dias, favorecendo altas temperaturas e baixa umidade principalmente no Brasil central", diz Mariana Pallotta, meteorologista do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais).
Entretanto, segundo o órgão vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, já há mudança no padrão da estação.
"Voltou a chover na Amazônia e algumas pancadas de chuva, ainda que localizadas, ocorreram no Mato Grosso e em Goiás. Com a entrada dessa nova frente fria nessa semana, até o final de semana pode voltar a chover no Brasil central", declara Pallotta.
Esta será a oitava onda de calor do ano. Na última, neste mês, a cidade de São Paulo registrou a maior temperatura para setembro em ao menos 81 anos, desde que o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) iniciou a séria histórica, em 1943. Foram 36,7°C.
"Podemos ter novamente vários dias consecutivos com qualidade do ar comprometida, potencial ainda alto para queimadas no país e visibilidade prejudicada com céu mais esbranquiçado", informa a Climatempo.
A Defesa Civil de São Paulo, por meio do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), aponta risco elevado de incêndio para todo o estado, com exceção do extremo leste, até pelo menos 2 de outubro. Entre 3 e 4 de outubro, o órgão mantém o alerta apenas para o oeste do estado.
Já o Rio Grande do Sul, que nesta semana enfrentou chuvas intensas e queda de granizo, com mais de 16 mil moradores atingidos, volta a ficar em alerta para precipitações intensas ao longo desta semana –em parte por conta da onda de calor na faixa central do país.
Segundo a agência, o bloqueio atmosférico que se estabelece na região central do Brasil impede o avanço da chuva: "As massas de ar quente estão bloqueando o avanço da chuva, o que favorece a concentração das instabilidades sobre o estado gaúcho."
No dia 1º de outubro, são esperados 12,7 mm de chuva sobre Porto Alegre -em setembro, choveu 230 mm na cidade, bem acima da média de 147 mm para o período.
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