Porto Velho, RO – Com a apuração dos votos do primeiro turno das eleições municipais de Porto Velho, ficou definido que Mariana Carvalho (União Brasil) e Léo Moraes (Podemos) disputarão o segundo turno. Ambos obtiveram o maior número de votos, enquanto os outros cinco candidatos não conseguiram avançar.
Como foi o primeiro turno?
Mariana Carvalho, ao longo da campanha, recebeu apoio de líderes políticos como o prefeito Hildon Chaves (PSDB), o governador Marcos Rocha (União Brasil) e o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Cruz (PRTB). Essa base política sólida foi um fator que impulsionou sua candidatura. Mariana concentrou sua campanha em propostas e evitou o confronto direto com seus adversários. Durante a campanha, no entanto, sua ausência em debates importantes, como o promovido pela Rede Amazônica e pelo Conselho Regional de Medicina (CREMERO), foi alvo de críticas. A candidata participou apenas do debate realizado pela SIC TV (Record).
Léo Moraes, que já havia disputado o segundo turno nas eleições de 2016, apresentou uma postura diferente neste pleito. Seu discurso foi mais moderado, destacando-se pelo conhecimento administrativo e pela articulação política. Moraes foi diretor-geral do Departamento Estadual de Trânsito de Rondônia (Detran/RO) e utilizou essa experiência como um de seus principais argumentos durante a campanha. Ele também destacou que a paternidade contribuiu para sua mudança de comportamento em comparação com campanhas anteriores, adotando um tom mais técnico e equilibrado.
Os outros candidatos na disputa – Célio Lopes (PDT), Euma Tourinho (MDB), Benedito Alves (Solidariedade), Samuel Costa (Rede Sustentabilidade) e Ricardo Frota (NOVO) – apresentaram suas propostas, mas não conseguiram votos suficientes para avançar ao segundo turno.
Célio Lopes focou em propostas para habitação, segurança e saúde, mas sua pouca experiência política foi apontada como um dos fatores que limitou seu crescimento na campanha. Samuel Costa, com um discurso técnico voltado para educação e políticas públicas, enfrentou resistência por sua vinculação com a esquerda política.
Benedito Alves, com uma longa trajetória no serviço público, apostou em sua experiência, mas sua linguagem técnica afastou parte do eleitorado. Euma Tourinho, com uma campanha publicitária ativa e uma postura firme nos debates, ganhou destaque, mas também enfrentou críticas por sua postura combativa.
Já Ricardo Frota, do partido NOVO, adotou uma campanha sem grandes artifícios de marketing, focando no pragmatismo, mas reclamou da falta de recursos e de tempo de mídia, o que foi considerado um fator limitante em sua campanha.
O segundo turno entre Mariana Carvalho e Léo Moraes está previsto, e os eleitores de Porto Velho decidirão quem será o próximo prefeito da capital de Rondônia.
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