G1
Publicada em 15/10/2024 às 15h42
Bombardeios de Israel ao Líbano, nesta segunda-feira (14), deixaram pelo menos 41 mortos e 124 feridos - a metade delas em uma localidade cristã ao norte de Beirute -, anunciou nesta terça-feira (15) o Ministério da Saúde libanês.
Com essas mortes, o número de mortes no Líbano já chega a pelo menos 1.356 desde a intensificação, em 23 de setembro, da campanha de bombardeios aéreos israelenses, seguida uma semana depois por incursões terrestres, de acordo com contagem da agência de notícias AFP baseada em dados oficiais.
Em comunicado nesta terça, as Forças de Defesa de Israel anunciaram que atacaram "mais de 230 alvos terroristas" ao longo de segunda, no Líbano, mas também em Gaza.
"A IDF continua a atividade operacional direcionada contra a infraestrutura terrorista do Hezbollah no sul do Líbano. As tropas da IDF eliminaram dezenas de terroristas em combate corpo a corpo e em ataques. Desmantelaram a infraestrutura terrorista do Hezbollah e localizaram grandes quantidades de armamento. (...) No último dia, em coordenação com tropas terrestres, a IAF atingiu mais de 200 alvos terroristas do Hezbollah no sul do Líbano e nas profundezas do Líbano, incluindo células terroristas, postos de mísseis antitanque e lançadores de mísseis", anunciaram.
Primeiro bombardeio ao norte do Líbano
Israel bombardeou a região de Aitou, um reduto de maioria cristã no norte do Líbano, nesta segunda-feira (14). Foi a primeira vez que as Forças Armadas israelenses alvejaram a região desde o início da guerra.
Segundo a Cruz Vermelha libanesa, 21 pessoas foram mortas no ataque, e quatro ficaram feridas.
O ataque atingiu uma casa que havia sido alugada para famílias desalojadas, disse o prefeito de Aitou, Joseph Trad, à agência de notícias Reuters.
Israel não comentou sobre o ataque em Aitou, mas diz que toma todas as precauções possíveis para evitar vítimas civis.
Nesta segunda, a Embaixada dos Estados Unidos no Líbano voltou a "encorajar fortemente" que seus cidadãos deixem o país "agora", acrescentando que os voos que a embaixada organizou para tirá-los de Beirute não vão continuar indefinidamente.
Em um comunicado, as Forças de Defesa de Israel anunciaram, também nesta segunda, que mataram mais um comandante do Hezbollah: Muhammad Kamel Naeem, da Unidade de Mísseis Antitanque das Forças Radwan do Hezbollah.
Ataque com maior número de vítimas israelenses até agora
Quatro soldados israelenses morreram e mais de 60 pessoas ficaram feridas neste domingo (13) no norte de Israel, onde o grupo extremista Hezbollah reivindicou a autoria de um bombardeio com drones, indicou um serviço de resgate israelense.
De acordo com o grupo, a ação foi uma resposta aos ataques israelenses realizados na última quinta-feira (10) no sul do Líbano e em Beirute.
Em comunicado, o gabinete do ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, revelou que ele conversou com o ministro da Defesa americano Lloyd Austin durante a madrugada desta segunda, "destacou a seriedade do ataque e a resposta forte que será dada ao Hezbollah" e informou que Israel responderá de maneira veemente ao ataque.
Esse foi o segundo ataque com drone na região em dois dias. No sábado, um drone atingiu um subúrbio de Tel Aviv, causando danos, mas sem deixar feridos.
O ataque deste domingo também coincidiu com o anúncio dos Estados Unidos sobre o envio de um novo sistema de defesa aérea para reforçar a proteção de Israel contra mísseis, o THAAD, altamente eficaz contra ameaças de curto e médio alcance. Embora seja utilizado para a defesa terrestre, o sistema também pode atingir alvos fora da atmosfera.
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