Valbran jr
Publicada em 31/10/2024 às 15h32
Com o objetivo de fortalecer a estrutura da rede de saúde e aprimorar a vigilância de doenças respiratórias, o governo de Rondônia está recebendo o evento ‘Oficina Mosaico’, cujo público esperado é de cerca de 80 profissionais da saúde da área de vigilância epidemiológica das Regionais de Saúde, municípios e unidades hospitalares.
Promovido pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), em parceria com o Ministério da Saúde (MS) e Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), a Oficina, cuja abertura aconteceu na manhã da terça-feira (29) e segue até sexta-feira (1°), no auditório de um hotel, na Capital, está sendo organizada pela Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), com apoio das secretarias municipais de saúde, Laboratório Central (Lacen) e hospitais públicos.
A proposta é criar um planejamento de ação, chamado ‘Estrutura Mosaico’, com ações de preparação para eventuais futuras pandemias. Estudo da OMS prevê 25% de probabilidade de acontecer nova pandemia mundial por vírus respiratório nos próximos dez anos, com impacto semelhante à covid 19. A ideia é que, em vez de um único sistema de vigilância, sejam combinadas múltiplas abordagens para fornecer uma imagem completa do risco, transmissão, gravidade e impacto dos vírus respiratórios.
Durante a Oficina serão avaliadas as ocorrências passadas, para ajustes necessários, por meio da incorporação de novas tecnologias; assim, visualizar um cenário futuro com a vigilância fortalecida e construir planos de contingência e de ação.
PREVENIR AMEAÇAS
De acordo com o consultor de Vigilância, Preparação e Resposta a Emergências e Desastres, da OPAS e da Organização Mundial da Saúde (OMS) no Brasil, Rodrigo Said, “devemos estar preparados para enfrentar doenças respiratórias. Mas não é só isso, esse plano deve prever abordagens a outras doenças, como as arboviroses (dengue, zika vírus e chikungunya) e influenza. Dessa forma, é possível prever surtos e agir preventivamente”, destacou.
O governador de Rondônia, Marcos Rocha, considerou positiva a proposta de elaboração do Plano Estadual Mosaico, que prevê a adoção de novas ferramentas e estratégias para combater a disseminação desses vírus respiratórios que causam impacto direto na saúde da população. “Estaremos melhor preparados para responder de maneira eficiente às eventuais ameaças”, pontuou.
A gerente técnica de Vigilância Epidemiológica da Agevisa, médica Arlete Baldez, destacou a importância de “aumentar a vigilância sobre vírus respiratórios em todo o estado, fortalecer a estrutura de assistência, diagnóstico e tratamento, ampliar parcerias com instituições e órgãos que tenham alguma interface com vírus respiratórios.”
O diretor-geral da Agevisa, Gilvander Gregório de Lima, deu as boas-vindas aos participantes e organizadores e enfatizou a importância do evento para a elaboração de um plano de prevenção e contingência na eventualidade do surgimento de novos surtos e pandemias.
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