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Publicada em 11/11/2024 às 11h02
O primeiro-ministro israelita reconheceu hoje pela primeira vez que Israel ordenou os ataques com 'pagers' e 'walkie-talkies' em setembro no Líbano, que fizeram pelo menos 40 mortos e mais de 3.500 feridos.
Benjamin Netanyahu confirmou a autoria israelita e recordou também a sua responsabilidade na morte do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, numa declaração vista como uma crítica velada ao ministro da Defesa demitido, Yoav Gallant.
"A operação com 'pagers' e a eliminação do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, foi desencadeada apesar da oposição de altos funcionários da classe militar e seus responsáveis nas fileiras políticas", de acordo com declarações ao diário israelita 'Times of Israel'.
Ainda que as explosões de 17 e 18 de setembro tenham sido atribuídas inicialmente a um ataque informático, funcionários norte-americanos confirmaram ao jornal 'The New York Times' que as forças secretas israelitas tinham conseguido ocultar material explosivo dentro de um novo lote de cerca de 3.000 'pagers' importados para o Líbano.
Foi introduzido material explosivo com cerca de 30 a 60 gramas junto à bateria de cada 'pager' e um sistema que podia ser ativado remotamente para detonar ao chegar ao Líbano, depois do Hezbollah ter distribuído os equipamentos entre os seus membros no Líbano, Síria e inclusive no Irã.
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