Por Ana Beatriz Vieira — Porto velho, ro
Publicada em 21/11/2024 às 10h31
Desde os 11 anos, a rotina de Rarina é marcada por disciplina, superação e o sonho de fazer história no judô. Aos 17, a atleta de Rondônia alcançou um feito inédito ao conquistar a medalha de prata no Campeonato Mundial Escolar Gymnasiade 2024, realizado no Bahrein, consolidando seu nome no cenário internacional.
Natural de Rondônia, Rarina sempre buscou inspiração nos grandes nomes do judô, como o brasileiro Willian Lima e o japonês Hifumi Abe, ambos campeões mundiais. Motivada pelos exemplos de seus ídolos, ela se dedica a uma rotina intensa de treinos, conciliando os desafios do esporte com os estudos e os compromissos de uma jovem atleta.
- Me sinto ótima, né? Eu quero alcançar patamares maiores, sempre coloquei em minha cabeça que eu posso ir muito além do que já indo. Então, eu fico contente em ainda ser jovem, por ainda ter tempo para poder realizar os meus sonho, afirma Rarina.
A primeira conquista de destaque veio em 2024, quando Rarina se classificou para os Jogos Escolares Brasileiros (JEBS), um dos maiores eventos esportivos estudantis do país. No torneio, enfrentou adversárias de vários estados e garantiu sua vaga no Mundial Escolar, representando não só Rondônia, mas também o Brasil em Bahrein.
- Foi o meu primeiro e último JEBS, então fiquei mais motivada. Pensei: caramba, é o meu primeiro e último, portanto, preciso fazer algo histórico. E eu fui a única atleta de Rondônia que conseguiu se classificar para o mundial, comenta a jovem.
No campeonato mundial, Rarina protagonizou lutas emocionantes, enfrentando as melhores judocas de outros países. Com garra e determinação, avançou até a final, onde encarou uma adversária de Taiwan, chamada olímpicamente de China Taipei, reconhecida por sua força técnica. Apesar de não conquistar o ouro, a prata foi recebida com orgulho.
- Foi uma competição bem difícil para mim, que estava me deixando bastante nervosa. Fiquei pensando: “Cara, tem muita gente importante me assistindo agora, posso até conseguir uma contratação” - afirmou a jovem atleta.
- Fiz a final com a China, e a menina era muito forte, ela era bem mais alta que eu. Foi um grande desafio para mim e fiquei pensando: “Eu tenho que ganhar, preciso ganhar”. Acabou que eu não consegui, mas fiquei em segundo lugar, o que está ótimo para mim, afirmou a atleta.
Agora, Rarina está focada em um novo objetivo: a seletiva nacional sub-18 e sub-21, que será realizada em dezembro. A competição é uma etapa fundamental para conquistar uma vaga na seleção de base do Brasil, o que abriria as portas para futuras competições internacionais e solidificaria sua trajetória no judô.
- Agora tenho o Campeonato Brasileiro Regional e quero participar, porque ainda não tive a oportunidade de competir. Então, é um objetivo que quero alcançar - disse Rarina.
A história de Rarina é mais do que uma trajetória esportiva; é um exemplo de determinação, resiliência e paixão pelo judô. Sua conquista no Mundial Escolar coloca Rondônia no mapa do judô internacional e serve de inspiração para outros jovens que sonham em trilhar um caminho de sucesso no esporte.
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