Herbert Lins
Publicada em 29/11/2024 às 09h13
Governamentalidade e criatividade para governar para todos
O historiador e filósofo francês Michael Foucault, no livro de sua autoria Microfísica do Poder (Editora Graal, 2017), discorre no capítulo 17, a temática governamentalidade, ou seja, a arte de governar. Para compreender melhor a arte de governar, segundo Foucault, é preciso estudar e compreender os ensinamentos de Nicolau Maquiavel e o seu antagonista, Guillaume de La Perrièri. Maquiavel aborda a arte de governar o principado – na atualidade, cidades, estados e país. Já La Perrièri diz que a arte de governar uma casa, almas, crianças, um convento, uma ordem religiosa, a sala de aula, tem um fato de implicações políticas importantes, entre todas, essas formas de governo que se cruzam no interior da sociedade e refletem no Estado. Neste caso, segundo La Perrièri, o tipo particular da arte de governar o capacita para se tornar uma governante. Para Foucault, trata-se de definir qual é a forma particular que se aplica aos tipos de governo a todo o Estado, dai ele apresenta três tipos de governos: o governo de si mesmo – que diz respeito à moral; a arte de governar – ligada à economia e à família; e o bem governar – norteia-se pela política. Contudo, penso que a arte de governar é precisamente a arte de exercer o poder com criatividade, diálogo, paciência, saber ouvir, interagir, participar, visitar, entregar, governar e ser governado.
Criatividade
Algumas pessoas definem criatividade como um dom, ou você nasce criativo ou nunca será criativo. Na verdade, a criatividade é uma habilidade do ser humano. Todos nós nascemos criativos, todos nós temos criatividade desde o momento em que nascemos.
Aprendeu
A criatividade exige a organização das ideias, do processo criativo e definição do objetivo, daí você pergunta: como eu atinjo esse objetivo? A primeira coisa que vai aparecer na sua cabeça são experiências anteriores, algo que você já sabe que deu certo, que você já conhece, vem do que você aprendeu.
Criativo
O desejo de fazer diferente se manifesta, você quer criar alguma coisa um pouco diferente. Se a gente começa a se esforçar um pouco mais em fazer ou trazer essa solução de maneira diferente, a gente vai adaptar um pouco, a gente vai melhorar um pouco, aprimorar, isso não é uma repetição, mas resultado do processo criativo mediante a inovação.
Natureza
O filósofo Richard Rorty, que estudou a fenomenologia, escreveu o livro Espelho da Natureza. Na referida obra, ele diz que nos espelhamos nos reflexos das mais diversas naturezas, inclusive, esses reflexos nos influenciam no modo de vida e nas relações sociais que estabelecemos no convívio em sociedade.
Orientou
O meu pai foi o meu espelho, o Coronel Lins orientou os três filhos a estudar e trabalhar com a terra. Mas eu tive a sorte de trocar a enxada e os arreios do cavalo pelos livros, caderno, lápis e uma máquina de datilografia. Me espelhei no meu pai, que gostava de ler e tinha uma biblioteca em casa.
Envolvimento
Na escola, me identifiquei com a Geografia Crítica. Na universidade, me aprofundei no estudo crítico do espaço geográfico. No mestrado, me deparei com Michael Foucault, daí compreendi o meu envolvimento com os livros, com a ciência, os movimentos sociais, a política partidária e a participação efetiva nos espaços de poder e de tomada de decisões.
Desconfiança
Ontem (28), o dólar ultrapassou R$ 6,00 pela primeira vez na história desde o Plano Real. O aumento aconteceu logo no governo do presidente Lula (PT). Para analistas do mercado financeiro, a alta do dólar se deu devido à desconfiança do mercado em relação ao pacote fiscal anunciado pelo governo.
Marinheiro
O diretor de política monetária do Banco Central (BC) e futuro presidente da instituição, Gabriel Galípolo, afirmou que “marinheiro não se queixa do mar” ao comentar a reação negativa dos mercados ao pacote fiscal anunciado pelo governo que provocou a alta do dólar.
Pacote I
O pacote fiscal do governo Lula (PT) prevê a taxação dos mais ricos, inclusive de quem ganha supersalários no serviço público. Por isso, já apanha das elites, do mercado financeiro e de boa parte da mídia corporativa após apresentar proposta que faz com que os muito ricos paguem mais impostos.
Pacote II
O problema do pacote fiscal do governo Lula (PT) é que continuamos pagando muitos impostos na renda e nas mercadorias. Por sua vez, o Estado e os governos devolvem pouco para o contribuinte brasileiro, grande parte do que é arrecadado se dilui no caminho com a corrupção.
Inação
Causa-me espécie a inação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, diante da disparada do dólar ante o real. Parece algo acertado e combinado com o mercado e as principais forças produtivas para sabotar o país.
Interveio
No governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o presidente do BC, Roberto Campos Neto, usou US$ 65,8 bilhões a fim de manter o câmbio sob controle. Só na véspera das eleições de 2022, Campos Neto vendeu US$ 20,85 bilhões. O BC interveio 122 vezes no mercado de câmbio no governo anterior; no atual, só duas vezes.
Participei
Em 2022, participei ativamente da campanha de reeleição do governador Coronel Marcos Rocha (União Brasil) no município de Nova Mamoré, ao lado do vereador Zé Carlos (Republicanos), Jair da 29 (Republicanos) e do ex-prefeito Claudionor Leme da Rocha (Novo).
Ações
Na campanha eleitoral de 2022, gravei vários vídeos mostrando as ações do Governo do Coronel Marcos Rocha (União Brasil) no município de Nova Mamoré. Cada sítio e cada casa visitada, eu explicava as ações do Governo de Rondônia no município através das ações do ex-deputado estadual Jair Montes (Avante) e dos demais, a exemplo dos deputados Ezequiel Neiva, Jean Oliveira, Laerte Gomes, Eurípedes Lebrão e Alan Queiroz.
Ambiente
Do outro lado, o prefeito Marcelio Brasileiro (PL), com sua alta popularidade, nove vereadores e as forças do bolsonarismo em Nova Mamoré, criou-se um ambiente de favoritismo para o candidato da oposição ao Governo, senador Marcos Rogério (PL). Neste caso, era uma verdadeira luta de Davi contra Golias para quem apoiava a reeleição do governador Coronel Marcos Rocha (União Brasil).
Fatos
Diante dos fatos explicados na coluna de ontem (28), reconheço que fui ácido e crítico com o governador Coronel Marcos Rocha (União Brasil). Contudo, alcancei o alvo de chamar a atenção para os reais problemas do estado e a necessidade de uma reação enérgica para as pastas da Educação e Saúde.
Bem
Existem pastas que estão indo muito bem no Governo de Rondônia, a exemplo da SEAS com a primeira-dama Luana Rocha à frente; a Seagri com o advogado Luiz Paulo; a SEOSP com Elias Rezende; o DER com o Coronel Éder Fernandes no DER; a SESDEC com o Coronel Vital; SEFIN com Luiz Fernando; SEJUCEL com Júnior Lopes; a Casa Civil com Júnior Gonçalves - harmonia entre poderes; a SEDEC com o vice-governador Sérgio Gonçalves - algumas ressalvas.
Governar
Penso que a arte de governar em Rondônia é o governador se fazer mais presente nas bases eleitorais. Exemplo, terminou o patrolamento da RO 420, bem como a limpeza dos Distritos de Nova Dimensão e Palmeiras, pertencentes ao município de Nova Mamoré, o governador chegar de helicóptero com os deputados da região, lideranças locais e fazer a entrega do serviço à população local.
Liderar
A arte de governar também consiste em liderar com harmonia e austeridade, demonstrando conhecimento, competência, compromisso e capacidade de entrega. Além de honrar quem lhe honra, ou seja, convidar os seus apoiadores para realizar visitas técnicas e entregas.
Sábio
Existe diversos ditados populares e passagens bíblicas afirmando que quando criticamos um ser humano sábio, probo e integro, ele agradece e se torna mais sábio. Mas quando você crítica um tolo, desonesto, mal caráter e canalha, ele se torna o seu inimigo.
Sério
Falando sério, quando você fala bem dos outros de maneira coerente para honrá-los, é uma comunicação assertiva. Daí conseguimos ser reconhecidos como uma pessoa transparente, alcançar nossos objetivos, apresentar resultados e também compreender as outras pessoas.
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