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Publicada em 18/12/2024 às 09h45
O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, não compareceu perante o Escritório de Investigação de Corrupção para Oficiais de Alta Patente nesta quarta-feira (18) para prestar depoimento sobre sua breve imposição de lei marcial, ocorrida no início do mês, segundo a agência de notícias sul-coreana Yonhap.
Yoon sofreu um impeachment no último sábado (14) e foi afastado da presidência até que o Tribunal Constitucional sul-coreano decida se vai acatar a decisão do Parlamento para o retirar definitivamente do cargo.
O impeachment ocorreu por conta de um decreto de lei marcial em 3 de dezembro, que restringiu os direitos civis, sob o pretexto de combater uma ameaça de "agentes pró-Coreia do Norte", segundo Yoon. A lei marcial foi derrubada pelo Parlamento horas depois, o que o fez recuar. (Leia mais abaixo)
Yoon enfrenta duas investigações judiciais simultâneas por acusações de "insurreição", uma da Procuradoria do país e outra de uma equipe conjunta composta pelo Escritório de Investigação de Corrupção, a polícia e a unidade de investigação do Ministério da Defesa sul-coreano. Yoon, cuja popularidade caiu para 11% segundo pesquisas, já havia declarado em discurso televisionado que lutaria "até o último minuto".
O presidente também não compareceu a uma primeira convocação para depoimento feita pela Procuradoria do país, e recebeu uma segunda intimação. O chefe do Escritório de Investigação de Corrupção, Oh Dong-woon, declarou ao comitê legislativo da Assembleia Nacional na terça-feira (17) que Yoon estaria "deliberadamente" recusando a intimação do órgão para depoimento, uma vez que o gabinete presidencial se recusou a aceitar as solicitações ou as devolveram.
Segundo a Yonhap, o Escritório de Investigação de Corrupção está avaliando se toma medidas legais como resposta ao não comparecimento de Yoon, o que poderia incluir a emissão de um mandado de prisão, ou se realiza uma segunda intimação para depoimento.
Um mandado de prisão foi emitido nesta quarta contra o ex-chefe de Inteligência do país, Noh Sang-won, também em conexão com o decreto de lei marcial. Sang-won entregou o cargo após a medida ter sido revogada. O ex-ministro da Defesa, tido como mentor da lei marcial, foi preso na semana passada.
O Tribunal Constitucional informou nesta quarta que ordenou ao presidente Yoon Suk Yeol que apresente o decreto de lei marcial que ele emitiu no início do mês, bem como as atas de duas reuniões de gabinete realizadas antes e depois da declaração de lei marcial. Yoon também foi solicitado a apresentar seus planos de defesa e uma lista de evidências. Ele tem até a próxima terça (24) para entregar todos os documentos.
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