G1
Publicada em 09/01/2025 às 15h54
Os partidos de oposição da Venezuela e seus apoiadores realizam protestos em todo o país nesta quinta-feira (9), em um esforço para pressionar o presidente Nicolás Maduro, um dia antes de ele tomar posse para seu terceiro mandato de seis anos.
Tanto a oposição quanto os chavistas reivindicam vitória nas eleições ocorridas em 28 de julho.
A autoridade eleitoral e o tribunal superior do país, ambos controlados pelos chavistas, afirmam que Maduro venceu o pleito de julho, embora nunca tenham publicado os resultados detalhados.
O governo, que tem acusado a oposição de fomentar conspirações fascistas contra ele, disse que prenderá o líder da oposição, Edmundo González, caso ele retorne ao país, e deteve membros e ativistas oposicionistas importantes no período que antecedeu a posse.
González, que está em visita à República Dominicana nesta quinta, prometeu que estará em Caracas tomar posse no dia 10.
A oposição diz que González, de 75 anos, venceu a eleição com uma vitória esmagadora. Ela publicou as contagens de votos como evidência, ganhando o apoio de governos de todo o mundo, inclusive dos Estados Unidos, que consideram González como o presidente eleito.
María Corina Machado, que é a líder de oposição mais popular do país, mas que foi impedida de concorrer em 2024, prometeu se juntar aos manifestantes nesta quinta-feira.
A presença marcaria sua primeira aparição pública desde que se escondeu, em agosto.
Machado, de 57 anos, tem pedido aos manifestantes que encham pacificamente as ruas e solicitado repetidamente aos membros da polícia e das Forças Armadas - que guardavam as seções eleitorais durante a eleição - que apoiem a vitória de González.
"A esta hora, em TODA a Venezuela a gente está se encontrando na rua… cada vez somos mais Serenidade e firmeza. Manténganse concentrada. Nos vemos agora!", tuitou a líder.
Maduro, de 62 anos, está no poder desde 2013. Ele conta com o apoio veemente dos líderes militares e dos serviços de inteligência, que são dirigidos por aliados próximos do poderoso ministro do Interior, Diosdado Cabello.
"Estou convencido de que nada acontecerá", disse Cabello na televisão estatal na segunda-feira. "Mas isso não significa que baixaremos a guarda."
O governo implantou uma forte segurança militar em Caracas, especialmente perto do Palácio de Miraflores.
Espera-se que o partido governista também organize uma marcha.
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