G1
Publicada em 15/01/2025 às 10h43
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, retirou Cuba da lista dos países que patrocinam o terrorismo. A medida foi anunciada nesta terça-feira (14), a menos de uma semana do fim do mandato do democrata.
A Casa Branca afirmou que espera que Cuba liberte vários presos políticos, conforme negociações feitas com a ajuda da Igreja Católica. Logo em seguida, o governo cubano anunciou que iria libertar 553 prisioneiros.
"Uma avaliação foi concluída e não temos informações que sustentem a designação de Cuba como um estado patrocinador do terrorismo", disse um alto funcionário do governo dos Estados Unidos.
O governo norte-americano garantiu que a medida foi discutida com a equipe do presidente eleito, Donald Trump. Ainda assim, segundo a Associated Press, Trump deve reverter a decisão já na próxima semana.
No novo governo, o principal diplomata dos Estados Unidos será Marco Rubio, que foi indicado para o cargo de secretário de Estado. A família dele fugiu de Cuba na década de 1950 antes da revolução comunista que levou Fidel Castro ao poder. Há anos, Rubio defende sanções à ilha.
O indicado para ser o próximo secretário de Estado comparecerá ao Comitê de Relações Exteriores do Senado na quarta-feira (16) para uma sabatina. Depois, os senadores votarão se aprovam a indicação de Trump ou não.
Durante o governo de Barack Obama, os Estados Unidos já haviam retirado Cuba dessa lista. À época, os dois países estavam em um processo de reaproximação. Em 2021, no entanto, Trump reverteu a medida de Obama.
Ao voltar Cuba à lista, o governo Trump citou o apoio do país ao líder da Venezuela, Nicolás Maduro, e sua recusa em extraditar rebeldes colombianos para a Colômbia, entre outras questões, incluindo o abrigo contínuo de americanos procurados pela Justiça.
Grupos de direitos humanos e ativistas, incluindo a Conferência dos Bispos Católicos dos EUA, pressionaram a administração Biden para retirar Cuba da lista.
Cuba elogiou a medida anunciada por Biden, mas disse que ela não é suficiente. O governo cubano afirmou que, no futuro, outros presidentes americanos podem reverter ações que afrouxaram sanções contra país.
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