Rondoniadinamica
Publicada em 23/01/2025 às 11h43
Porto Velho, RO – No começo de janeiro deste ano, o ex-senador Expedito Júnior concedeu entrevista exclusiva ao Rondônia Dinâmica, abordando as pretensões do PSD para 2026. Entre as possibilidades discutidas, foi aventada uma federação com o PSDB, proposta pelo presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab. Para Rondônia, essa união abriria caminho para uma chapa encabeçada por Hildon Chaves (PSDB), ex-prefeito de Porto Velho, e Adaílton Fúria (PSD), prefeito reeleito de Cacoal. Segundo Expedito, a aliança simbolizaria a união entre capital e interior, fortalecendo as chances da dupla na corrida pelo Palácio Rio Madeira.
“Os dois têm pretensões ao governo, e cabe a nós trabalharmos com habilidade para construir essa união. É melhor ter dois nomes fortes do que nenhum. Se conseguirmos juntar a capital e o interior, teremos uma chapa muito competitiva”, afirmou o presidente estadual do PSD.
Desafios de enfrentar o grupo palaciano
O principal adversário de uma eventual chapa Hildon-Fúria seria o atual grupo liderado por Coronel Marcos Rocha, governador pelo União Brasil. Caso nada mude no tabuleiro político, o grupo pretende lançar Sérgio Gonçalves, atual vice-governador, como candidato à sucessão. Sérgio, apesar de buscar maior visibilidade, é visto como um nome com baixa rejeição e potencial de crescimento. Paralelamente, circulam rumores de que o deputado federal Fernando Máximo, mais votado em Rondônia nas eleições de 2022, poderia ser o escolhido para liderar a continuidade da gestão atual, o que ampliaria significativamente a competitividade do grupo palaciano.
A força de quem detém a máquina pública não pode ser subestimada. Historicamente, candidatos com acesso aos recursos e redes da administração têm vantagem. Caso Sérgio Gonçalves permaneça como o principal nome, sua baixa rejeição será um trunfo. Por outro lado, se Fernando Máximo for alçado à posição de candidato, seu histórico nas urnas como campeão de votos em 2022 colocaria um novo obstáculo para os adversários.
Outros possíveis candidatos no horizonte
Além dos nomes do grupo do União Brasil, outras figuras já se articulam nos bastidores para disputar o governo. O presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia, Marcelo Cruz (PRTB), surge como um forte concorrente, com influência significativa entre os parlamentares e o eleitorado estadual. O senador Confúcio Moura (MDB), que já governou Rondônia por dois mandatos, pode tentar retornar ao comando do estado. Marcos Rogério (PL), derrotado em 2022, também é mencionado como provável candidato, mesmo diante da rejeição enfrentada nas urnas.
A multiplicidade de nomes demonstra que o cenário político para 2026 será acirrado, com negociações e alianças sendo determinantes para o desfecho do pleito.
A estratégia de Expedito Júnior e o potencial da federação
Expedito Júnior, que optou por um papel mais estratégico nos bastidores, busca consolidar o PSD como uma força regional e nacional. Sob sua liderança, o partido se tornou a terceira legenda com maior número de prefeituras em Rondônia, mesmo lamentando algumas perdas estratégicas nas últimas eleições municipais. O crescimento da bancada estadual e o peso de nomes como o deputado Laerte Gomes reforçam o protagonismo da sigla.
A união entre Hildon Chaves, com sua trajetória bem-sucedida em Porto Velho, e Adaílton Fúria, líder político em ascensão no interior do estado, reflete a aposta em dois modelos administrativos que já conquistaram o eleitorado. Hildon, eleito em 2016 e reeleito em 2020, é associado à estabilidade e a índices de aprovação consistentes. Fúria, por sua vez, é reconhecido por sua gestão dinâmica e engajamento com as demandas locais em Cacoal.
Se a federação entre PSD e PSDB for confirmada, a candidatura Hildon-Fúria poderá unir dois arquétipos de sucesso administrativo, representando tanto a capital quanto o interior de Rondônia. Contudo, a força do grupo palaciano e a presença de outros nomes relevantes no cenário exigirão articulação política minuciosa para que a chapa se consolide como uma das favoritas em 2026. Como afirmou Expedito: “É melhor ter dois nomes fortes do que nenhum”, mas a disputa promete ser tudo, menos fácil.
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