Herbert Lins
Publicada em 31/01/2025 às 08h37
COLUNA FALANDO SÉRIO: Lula vai se comunicar mais com a imprensa e com a população brasileira.
Prof. Herbert Lins – DRT 1143
31/01/25 – sexta-feira
CARO LEITOR, a inesperada entrevista do presidente Lula (PT) na manhã de ontem (30) serviu para anunciar que vai voltar a falar mais com a imprensa e com a população brasileira, além de voltar a cumprir agenda nos quatro cantos do país. A entrevista durou um pouco mais de uma hora com jornalistas que cobrem a rotina do presidente Lula e o dia a dia do governo. A entrevista coletiva não estava na agenda, foi uma “ideia de última hora”. Apesar dos temas graves, o tom foi de descontração. Na verdade, Lula cumpriu mais uma tarefa no plano estratégico de marketing recentemente adotado com a chegada de Sidônio Palmeira ao comando da Secom. Sidônio já mudou a comunicação política nas redes sociais do presidente e do governo. Neste caso, os números de acesso e compartilhamento dispararam. É o que afirmam agências de checagem e também a velha imprensa.
Democracia
Na fala inicial e em diferentes momentos com os jornalistas, o presidente Lula (PT) defendeu a democracia. Tratou do tema sem que houvesse perguntas dos repórteres. Ele ressaltou o que considera “o perigo do avanço da extrema-direita no mundo todo”. E, no alvo específico, disse que é preciso turbinar “o Brasil da democracia contra o Brasil do golpe”.
Responder
O presidente Lula (PT) respondeu a diversos temas e também serviu para responder às críticas de Gilberto Kassab (PSD), afirmando que o ministro Fernando Haddad (PT) “é muito fraco”. Neste caso, Lula ironizou a fala de Kassab sobre a condução econômica do país e defendeu o titular da pasta da Fazenda.
Conciliação
Em cada resposta, o presidente Lula (PT) falou da necessidade de ajustes e enalteceu os feitos pelo governo diante da “herança maldita” recebida do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Contudo, o tom foi sempre de conciliação.
Reação
Demonstrando disposição, mas sem recorrer ao confronto, o presidente Lula (PT) falou sobre a COP 30, taxa de juros e o Banco Central. Sobre Gleisi Hoffmann ocupar a Secretaria Geral da Presidência, ele fez elogios à petista, mas pediu calma. Sobre as tarifas de Trump contra o Brasil, Lula diz que a reação será na mesma medida.
Juros
O presidente Lula (PT) demonizava o ex-presidente do Banco Central Roberto Campos Neto devido à política de juros altos. Entretanto, durante a entrevista, defendeu o novo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, indicado por ele ao cargo, após o aumento da taxa básica de juros para 13,25% ao ano na última quarta (29).
Cercadinho
Vale lembrar que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) falava para o cercadinho, um conjunto de “entrevistadores” abduzidos pelo fanatismo ideológico e pautas de costumes. Os marqueteiros do presidente Lula (PT) querem que a comunicação política seja direta com a imprensa e com a população brasileira.
Zambelli
Ontem (30), a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) teve o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP). A parlamentar da extrema-direita também foi declarada inelegível por oito anos, contados a partir das eleições de 2022, por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.
Condenação
A condenação foi resultado de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) movida pela deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP). O processo teve como base publicações feitas por Zambelli durante as eleições de 2022 de que as urnas eleitorais tinham sido manipuladas. Em nota, Zambelli comunicou que vai recorrer da decisão.
Criminalidade
Os investimentos em segurança pública no governo do Coronel Marcos Rocha (União Brasil) possibilitaram garantir uma expressiva redução nos índices de criminalidade, conforme dados divulgados pela Secretaria de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania (SESDEC).
Números
Em Rondônia, os números mostram que o feminicídio caiu 33,3%, enquanto em Porto Velho, a redução chegou a 200%. Os furtos diminuíram 18% em todo o estado e 28% na capital. Roubos tiveram queda de 36% em Rondônia e 38% em Porto Velho. Roubos a estabelecimentos comerciais e residências, esses também seguiram na mesma tendência, registrando reduções de 47% e 20% respectivamente em todo o estado, 52% e 21% na capital.
Pirarucus
Falando em criminalidade, as forças de segurança pública ainda estão mobilizadas para combater as facções criminosas em Porto Velho. Inicialmente, começou apresentando as jatuaranas, mas nessa semana começou a apresentar os pirarucus do crime organizado à sociedade rondoniense.
Compor
Algumas lideranças do PL lembraram à coluna que a ex-vereadora de Vilhena Sandra Melo, também esposa do senador Jaime Bagattoli (PL), que preside o PL Mulher em Rondônia, pode compor como candidata a vice-governadora numa eventual chapa encabeçada pelo senador Marcos Rogério (PL) ao Palácio Rio Madeira.
Posse
A nova Mesa Diretora da Assembleia Legislativa (ALE-RO), presidida pelo deputado Alex Redano (Republicanos), será empossada na segunda-feira (3), às 15h, em solenidade no plenário da Casa de Leis. Redano volta como vinho, quanto mais velho, melhor.
Humanizada
A primeira-secretaria da nova Mesa Diretora da Assembleia Legislativa (ALE-RO) será ocupada pelo deputado estadual Alan Queiroz (Podemos). Neste caso, Queiroz disse que fará uma gestão administrativa mais humanizada.
Emenda
O deputado estadual Luís do Hospital (MDB) conseguiu liberar R$ 2,7 milhões de emendas para o município de Jaru. Os recursos da emenda serão aplicados na construção e reformas de quadras esportivas e pavimentação de vias urbanas.
Cartelização I
O presidente da Associação dos Revendedores de Combustíveis de Porto Velho (ASCOPETRO), Clébison Carvalho da Silva, encaminhou release para a imprensa local, contestando as constantes acusações de cartelização no segmento na mídia estadual.
Cartelização II
Interessante, será ilusão de ótica do consumidor que todos os postos de gasolina estão cobrando R$ 7,29 no preço do litro da gasolina? A cartelização significa fixar valores de cobrança no varejo de forma combinada por parte das empresas.
Confesso
Adiei para assistir ao filme “Ainda estou Aqui”, que aborda o desaparecimento do ex-deputado Rubens Paiva durante os anos de chumbo no período da Ditadura Militar. Confesso que me emocionei em várias cenas do filme, porque me fez lembrar os relatos do meu pai, o Coronel PMPB Lins, que foi detido e preso pelo DOI-CODI.
General
Meu pai, o Coronel PMPB Lins, foi levado de João Pessoa-PB a Recife-PE, para ser embarcado para a Ilha de Fernando de Noronha, só porque esteve em Cuba. Minha mãe, grávida de nove meses do meu irmão mais velho, foi a Recife e fez um apelo à esposa do general, que determinou a apresentação imediata do meu pai ao governador da Paraíba na época.
Encerrado
A minha mãe se recusou a receber a Comissão Nacional da Verdade (CNV) para tratar da prisão do meu pai, o Coronel PMPB Lins. Além disso, fez os filhos prometerem tratar como assunto encerrado para CNV. Para quem não sabe, meu pai era abertamente de esquerda e contra a ditadura militar, já minha mãe é “direitona” e apoiava o regime de exceção.
Arrependimento
Fiquei muito contente na sala de cinema repleta de jovens para assistir ao filme “Ainda estou Aqui”. Na saída, o debate era intenso em torno do arrependimento de apoio à extrema-direita, ao movimento do 8 de janeiro e à ocupação da frente nos quartéis para pedir intervenção militar.
Idolatrar
Creio que, em qualquer época, eu teria amado a democracia, a pluralidade de ideias, a liberdade de expressão e os direitos humanos para o cidadão do bem, mas, na época em que vivemos, sinto-me propenso a idolatrar todos esses conceitos.
Sério
Falando sério, o presidente Lula (PT) pediu paciência, mas já estamos no terceiro ano de governo e todas as promessas de campanha ainda não deslancharam. Inclusive a nacionalização dos preços dos combustíveis, a reestatização da Eletrobrás, a queda dos juros, o controle da inflação, a picanha, a farofa e a cervejinha para o povo.
URL: https://rondoniadinamica/noticias/2025/01/rocha-diminui-indices-de-criminalidade-esposa-de-bagattoli-pode-ser-vice-de-marcos-rogerio-e-associacao-nega-cartel-do-combustivel,209659.shtml