Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
Publicada em 25/01/2020 às 10h32
As eleições municipais deste ano a prefeito, vice e vereador mobilizam as atenções na política, mesmo com um prazo acima de 9 meses para ocorrer o processo eleitoral em todo o Brasil. Rondônia tem apenas a capital, Porto Velho com possibilidades de eleições em segundo turno, porque tem mais de 300 mil eleitores. O número mínimo é 200 mil e tem uma plêiade de prováveis candidatos, inclusive a possibilidade do desembargador Walter Waltenberg, convidado recentemente pelo MDB.
Além do prefeito Hildon Chaves (PSDB), que deverá concorrer à reeleição, apesar de não ter afirmado da intenção em nenhum momento, outros nomes expressivos deverão estar na disputa, que promete, caso eles sejam confirmados, após as convenções partidárias marcadas para o período de 20 de julho a 5 de agosto próximo.
O PSB tem o deputado federal e ex-prefeito, Mauro Nazif como pré-candidato. Não deixou saudades na prefeitura. O compromisso de concluir o viaduto na BR 364 com a avenida Jatuarana e o caos no transporte coletivo urbano, até hoje da pior qualidade, serão alguns dos obstáculos a transpor, caso entre na disputa.
Daniel Pereira, hoje na presidência do Sebrae-RO, que se elegeu vice-governador de Confúcio Moura (MDB), pelo PSB, hoje preside o Solidariedade. Quando optou pelo novo partido, comentou-se que estava deixando o PSB, porque Mauro tinha como objetivo a candidatura a prefeito e ele ficaria sem espaço. Mas há quem jure que Daniel estaria “acertado” com o PSDB já visando as eleições gerais (presidente da República, governadores, Senado, Câmara Federal e Assembleias Legislativas) na disputa pelo governo do Estado. Como em política nada é impossível...
Duas pré-candidaturas representam a juventude. Uma delas de enorme experiência com passagens pela câmara de vereadores e Assembleia Legislativa e hoje na Câmara Federal. É o deputado Leo Moraes (Podemos), que decidiu as eleições de 2016 com Hildon Chaves. E perdeu.
O outro jovem é Vinícius Miguel, que disputou o governo do Estado em 2018 e somou quase 90 mil votos em Porto Velho, mesmo sendo um estreante na política. Foi o mais bem votado na capital e por isso é sempre apontado como nome de peso para as eleições deste ano, caso opte pela disputa. Concorreu em 2018 pelo Rede, mas hoje está no Cidadania.
Em um outro quadro vem os nomes considerados “azarões”, mas que não podem ser ignorados, porque já enfrentaram as urnas, alguns deles com sucesso. Eleição é momento e hoje, como de campanha o candidato tem cerca de 30 dias o processo é muito rápido e as redes sociais demonstraram, que fazem a diferença já em 2016 com a eleição de Hildon.
O ex-deputado estadual e presidente da Ale; vereador e presidente da câmara da capital Hermínio Coelho, ainda, sem partido político, mas com convite do PV tem currículo político. Crítico em potencial e muito ligado ao povo mais simples é pré-candidato que não pode ser descartado.
Já o deputado estadual Eyder Brasil (PSL), que levou às redes sociais uma “briga” pessoal com um cidadão da capital, pode ser considerado um verdadeiro azarão, o mesmo ocorrendo com o ex-deputado federal Lindomar Garçon, do PRB. Mesmo os experientes políticos do PT, partido que está em decadência no país a ex-senadora Fátima Cleide e o ex-prefeito Roberto Sobrinho não podem ser ignorados no processo eleitoral da capital. São nomes expressivos, mas o ônus do PT, que já foi símbolo da resistência é um “peso” difícil de ser carregado. Pimenta de Rondônia, do Psol disse que não será candidato.
O novo partido do presidente Jair Bolsonaro, o Aliança para o Brasil está colhendo assinaturas para tentar se regularizar, ainda, este ano, para poder disputar as eleições. Em Rondônia o deputado federal coronel João Chrisóstomo está organizando o partido com reuniões para filiações nos municípios do Estado. Caso o Aliança se regularize e tenha condições de concorrer este ano, Chrisóstomo deverá disputar a Prefeitura de Porto Velho.
A provável pré-candidatura do ex-presidente do Tribunal de Justiça (TJ) desembargador Walter Waltenberg ficou para a conclusão da Opinião propositalmente. Experiente na política, pois já presidiu o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e mais recentemente um Poder, o Tribunal de Justiça (TJ-RO) Waltenberg recebeu há dias, convite para se filiar ao MDB e ser o nome do partido para a disputa da Prefeitura de Porto Velho em outubro próximo.
A resposta deverá ocorrer antes de 4 de abril, quando expira o prazo a quem queira candidatar-se às eleições de outubro próximo. Mas há muita confiança da cúpula do MDB, hoje presidido no Estado pelo senador Confúcio Moura, que já foi governador, deputado federal e prefeito de Ariquemes, amigo pessoal de Waltenberg, que ele aceite o convite para filiação.
Caso Waltenberg supere resistências familiares, o que é natural, pois a política embriaga e nem sempre é possível fazer o que se pretende, que inclusive, desafia a Lei da Física, que a menor distância entre dois pontos não é uma linha reta teremos eleições em grande estilo na capital.
Caso os nomes citados sejam confirmados, o que é bem provável a disputa entre candidatos de ponta, que já enfrentaram as urnas e com Waltenberg concorrendo o eleitor de Porto Velho terá um leque amplo para escolher os dois melhores para o segundo turno, porque, desde que a capital passou a ter eleições em dois turnos nunca foi eleito um prefeito no primeiro.
Que venha o desembargador Waltenberg, pois a política precisa de pessoas qualificadas no segmento, para que o eleitor possa ter mais e melhores opções para escolher seus representantes no Executivo e no Legislativo, seja municipal, estadual ou federal.
URL: https://rondoniadinamica/noticias/2020/01/opiniao-expectativa-para-filiacao-de-waltenberg-no-mdb,66024.shtml