Waldir Costa / Rondoniadinamica
Publicada em 01/02/2020 às 11h08
Na hipótese de as eleições municipais (prefeito, vice e vereador) de outubro próximo fossem imediatas teríamos pelo menos, nove nomes na disputa do cargo ocupado, hoje, pelo prefeito Marcito Pinto (PDT), que pretende concorrer à reeleição. Ji-Paraná é o segundo maior colégio eleitoral do Estado (mais de 85 mil em 2018) e um município de enorme importância econômica, social e política do Estado.
Ji-Paraná tem três representantes no Congresso Nacional. Os senadores Acir Gurgacz (PDT), Marcos Rogério (DEM) e a deputada federal Sílvia Cristina. O município também é bem representado na Assembleia Legislativa (Ale) com o presidente da Casa de Leis, Laerte Gomes (PSDB) e cabo Jhony Paixão (PRB).
Os senadores e a deputada federal não demonstraram, pelo menos até o momento, intenção de concorrerem à sucessão municipal neste ano. Mas os dois deputados (Laerte e Jhony) estão na fila de pretendentes a inquilino do Palácio Urupá a partir de 2021. Não se tem dúvida que Laerte é um nome em ascensão na política e com “a faca e o queijo”, como se dizia antigamente, para poder elevar sua popularidade e galgar postos, ainda, mais elevados na política. Dirige um dos três Poderes.
Já o cabo Jhony passou pela câmara de vereadores e comunicou as lideranças políticas e correligionários, que tem pretensão de concorrer à prefeitura. Tem um lastro eleitoral, pois se eleger vereador não é missão fácil na política, mas ele foi bem no cargo público-eleitoral e conseguiu se eleger deputado o que sinaliza que é bom de voto.
O prefeito Marcito Pinto, até recentemente demonstrava intenção de concorrer à reeleição, porque vem realizando um bom trabalho, mesmo de como vice-prefeito tendo a difícil missão de suceder o ex-prefeito Jesualdo Pires (PSB), que renunciou no segundo mandato, para concorrer às eleições de 2018 a uma das duas vagas ao Senado, e apesar de muito bem votado, não se elegeu. Mas estaria mudando sua concepção.
Pessoas ligadas ao prefeito Marcito, comentam de forma discreta, que nos últimos meses ele vem demonstrando que não pretende continuar na política, porque estaria insatisfeito e que disposto a retornar à iniciativa privada. Ele é empresário no ramo de supermercado.
O ex-vereador Isaú Fonseca, hoje no MDB, renovado e muito bem dirigido pelo jovem empresário Jônatas França vem ganhando espaço na política local. Na filiação de Isaú, em recente encontro dos mais participativos de lideranças locais e regionais, inclusive de outros partidos, ficou decidido que ele é o pré-candidato do partido a prefeito da “Capital da BR”.
Isaú coordenou a reeleição do deputado Laerte Gomes em 2018 e demonstrou competência e organização, pois o atual presidente da Ale somou 5.435 votos, quase 9% dos votos válidos no município. Caso Laerte abra mão da disputa, Isaú certamente terá o seu apoio.
O grupo do ex-senador Ivo Cassol do PP, tem pelo menos três nomes em condições de concorrer, com chances na disputa pela prefeitura. O radialista Licomédio Pereira, presidente municipal do partido; médico João Durval e o ex-prefeito ex-deputado (federal e estadual) Carlos Magno, o mais experiente dos três. Um deles estará representando os adeptos do ex-senador.
Ainda dependendo do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) o nome da esposa e ex-primeira dama de Jesualdo Pires (PSB), Lilian Pires é sempre citado quando o assunto é sucessão municipal. Ela tem amplo trânsito em todos os segmentos da sociedade de Ji-Paraná, devido a sua atuação, muito elogiada, no apoio aos programas sociais do marido, enquanto ele governou o município. Caso tenha condições, legais, para concorrer é pessoa com enorme representação popular.
Ainda há o PT, que está tentando retomar pelo menos parte do espaço político, que já esteve no topo, no país, deverá apresentar um nome para concorrer à Prefeitura de Ji-Paraná. O de maior projeção política no município é do ex-deputado federal, Anselmo de Jesus, mas não se nota maior mobilização do partido visando as eleições municipais deste ano.
As convenções partidárias para escolha dos candidatos serão realizadas no período de 20 de julho a 5 de agosto. Até poderá ocorrer mudanças no quadro atual de pré-candidatos a prefeito de Ji-Paraná. Por enquanto não se cogita a apresentação de um nome que esteja fora do atual contexto político, hipótese que não pode ser descartada. Mas como em política nada é definitivo, prudência e caldo de galinha não fazem mal a ninguém.
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