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Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
Publicada em 21/03/2020 às 09h45
A propagação do coronavírus originário da China, pandemia que toma conta do mundo trouxe à tona problemas, que poderiam ter solução mais rápida, caso os políticos, principalmente, e os eleitores, que os elegem, tivessem mais visão de futuro. Hoje o mundo está “travado” econômica, social e politicamente e com a preocupação de extermínio de parte da população devido a ação devastadora do coronavírus.
Exagero? Pode ser, mas temos que nos preparar para o futuro. Há quase 30 anos Rondônia ganhava um jornal moderno, dinâmico e, além da informação também trouxe tecnologia. O “Diário da Amazônia”, inaugurado no dia 13 de setembro de1993, pela Família Gurgacz (Eucatur) é um marco na imprensa da região Norte e um dos mais modernos do país, à época. Bóris Casoy, Lillian Witte Fibe, Alexandre Garcia, Reginaldo Leme eram alguns dos inúmeros colunistas de o “Diário”, todos renome nacional, além de Carlos Sperança, Zekatraca, que chegou um ano depois, o saudoso Emir Sfair, as saudosas Telma Anconi, Cida Souza, além de Marisa Linhares, de Cacoal, alguns dos considerados “da casa”.
Hoje o político precisa se reinventar, ousar, buscar a tecnologia. Se o voto é eletrônico, por que o eleitor precisa enfrentar fila para votar? A digital no celular é mais do que suficiente para o voto, esteja ele –ou ela– e “outros”, outras”, para não dizerem que somos homofóbico onde o eleitor estiver.
Esta semana a emergência na votação do decreto de Calamidade Pública da presidência da República, levou os senadores ao voto digital à distância, não necessitando da sua presença física no Congresso Nacional. E tudo funcionou regularmente com a votação em menos de duas horas. Isso numa emergência. Por que não regulamentar o Congresso Digital?
Qual a necessidade de um senador ou deputado federal se deslocar dos seus estados para se concentrar em Brasília? A tecnologia não pode ser ignorada pelos políticos, pois ela está a cada dia mais presente em tudo na vida das pessoas, até no colchão de dormir, hoje com toda uma parafernália eletrônica (massageador, despertador, espuma viscoelástica com efeito memória que não deforma nunca, molas especiais, etc.), para que se tenha um sono tranquilo.
Quanto custa o Congresso Nacional para o povo brasileiro? A informatização dos parlamentos, inclusive os estaduais, deve estar na pauta de todo o processo político, após a experiência, amarga, do coronavírus. É uma questão de coerência, pois o custo do Congresso Nacional é desproporcional para um país continental como o Brasil.
O Congresso Nacional virtual, também evitaria o vai e vem, desnecessário de governadores, deputados estaduais e até de prefeitos e vereadores à Brasília. Tudo seria resolvido nas bases, com a participação direta do povo, que é quem paga a conta, que é astronômica e fora da realidade de um país de segundo mundo, mas com um pé no terceiro mundo.
O avanço tecnológico é inevitável e a cada dia demonstra a necessidade de se adequar a ele, sob pena de ficarmos à mercê de experiências científicas mortais, que devem ser abolidas pelas nações, pois o ser humano nasce, para viver e não para morrer precocemente em razão de cientistas loucos ou povo com mentalidade de exterminadores como Hitler, Stalin, Mao-Tsé-tung, imperatriz Cixi, dentre outros bárbaros.
Ainda não se mensura a dimensão, que o coronavírus causará para o mundo e com certeza o custo será muito alto, não apenas para a economia mundial, mas para a vida humana, pois milhares irão a óbito devido a irresponsabilidade de muitos, que não tomaram as providências cabíveis para se enfrentar uma epidemia, que acabou em pandemia e demonstrou que o mundo, mesmo com toda a evolução tecnológica das duas últimas décadas, ainda, tem muito a aprender.
Hoje a predominância do noticiário mundial é o coronavírus, que já provou que mata (rico, pobre, miserável) e é uma lição a mais, amarga, porque muitas vidas humanas já se perderam e a perspectiva de outras para as próximas semanas. Quiçá as pessoas se conscientizem que o momento é delicado e a coerência deve prevalecer acima de tudo.
E nós, que estamos vivendo na “idade do lucro” temos que ter maiores cuidados, para que não sejamos convocados, fora do combinado, para outra dimensão e não contaminar os demais. Prudência e caldo de galinha não fazem mal a ninguém.
Que Deus continue iluminando nossos caminhos. Amém!
URL: https://rondoniadinamica/noticias/2020/03/opiniao-pandemia-mundial-e-congresso-nacional-virtual,70208.shtml