Agência Brasil
Publicada em 25/03/2020 às 09h18
A China anunciou nesta quarta-feira (25) 47 novos casos de covid-19, todos oriundos do exterior, no momento em que o país começa a retirar as medidas de isolamento na província de Hubei, onde o surto começou. Pequim está voltando lentamente à normalidade.
Nas últimas 24 horas, morreram mais quatro pessoas, o que eleva o total de mortes para 3.281.
Desde o inico do surto, em dezembro, 693.223 pessoas em contato próximo com infectados estiveram sob vigilância médica, incluindo 13.356 ainda sob observação, de acordo com dados oficiais.
A cidade de Wuhan, capital de Hubei, onde foram detectados os primeiros doentes, voltou a não registrar casos de contágio local, informou a Comissão de Saúde chinesa.
Na cidade onde começou o surto do novo coronavírus, as autoridades locais reduziram o risco de nível epidêmico de “alto” para “médio”.
Ao longo de mais de uma semana, a maioria dos casos identificados pelas autoridades chinesas é de pessoas chegadas do exterior, no momento em que a transmissão comunitária quase desapareceu.
Quando a doença começou a atingir o resto do mundo, muitos chineses regressaram ao país. De acordo com dados oficiais, a China registou quase 450 casos de infeção procedentes do exterior.
Em Pequim, Guangdong e Fujia os casos importados recuaram, embora a contagem diária de novas infecções atinja um recorde de 19 casos no centro financeiro de Xangai.
Devido ao aumento de casos importados, a China está aumentando as regras de quarentena e triagem aos viajantes que chegam ao país.
Voos cancelados
A cidade de Quanzhou, na província de Fujian, vai cancelar, a partir de 26 de março, todos os voos internacionais e regionais, depois de ter registado ontem quatro casos importados das Filipinas.
Já o aeroporto internacional de Quanzhou Jinjiang vai cancelar 17 rotas, incluindo as que ligam Manila, Hong Kong e Macau, informou o governo de Fujian em comunicado.
As viagens para dentro e fora de Pequim, que tem mais de 20 milhões de habitantes, continuam a ser rigidamente controladas. Quem entra na cidade é sujeito a testes laboratoriais e a um período de quarentena, de 14 dias, em instalações designadas pelas autoridades e que cobram até 100 euros por noite.
Pequim já desviou os voos do exterior para outras cidades, onde os passageiros serão rastreados e colocados em quarentena.
Para impedir uma segunda fase de contágios no país, o governo chinês impôs uma quarentena rigorosa de 14 dias a quem entrar na China.
Volta à normalidade
A capital chinesa começa lentamente a regressar à normalidade. O jardim zoológico e parte da Grande Muralha já reabriram aos visitantes, com entradas controladas.
Outros locais turísticos continuam fechados, incluindo a Cidade Proibida, o Ex libris de Pequim, mas muitos moradores começam a sair de casa, com a chegada da primavera e o desabrochar das flores de cerejeira, depois de dois meses em confinamento, devido ao surto do novo coronavírus.
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