Waldir Costa / Rondoniadinamica
Publicada em 04/04/2020 às 10h29
A proliferação do coronavírus pelo mundo trazendo consigo a morte de muita gente, toma conta do noticiário mundial. Fica muito difícil comentar ou analisar ações de políticos em momento tão delicado como o atual, com ênfase para o Brasil, onde a pandemia, ainda, não chegou a proporções desesperadoras como na Itália, Espanha e parte dos Estados Unidos.
Mesmo com o momento não sendo favorável às informações políticas (eleitoral, partidária), pois a princípio tem eleições municipais (prefeito, vice e vereador) em outubro próximo, o mundo está nas mãos dos políticos, principalmente, pois dependem deles ações efetivas que possa, a princípio, conter a onda avassaladora de contaminação pelo coronavírus e posteriormente, buscar o melhor caminho para recuperar a sociedade econômica, financeira e socialmente.
As leis são feitas pelos políticos. Congresso Nacional (senadores e deputados) em nível nacional; Assembleias Legislativas (Estados), além de Brasília (Assembleia Distrital) e às câmaras de vereadores são os pilares. Quem fiscaliza politicamente a aplicação de recursos também são eles, mas o guardião do povo é o Ministério Público, federal ou os estaduais. Já o Poder Judiciário é quem julga as ações criminais e cíveis.
Como enfrentamos uma situação atípica com o coronavírus, nunca os Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) precisam de unificação para discutir de forma ampla e célere o momento crítico, que a sociedade, no caso específico a brasileira, enfrenta. Mas o problema é mundial, infelizmente.
O político, que é muito criticado, pois é eleito pelo voto popular, pela vontade da maioria da população eleitoral do país, dos estados e dos municípios também é o mais cobrado. Como o Parlamento pode mudar, modificar e anular leis e impedir decretos, desde que seja maioria em sessões plenárias é fundamental, que nas condições adversas atuais, onde há uma luta no planeta contra um vírus invisível e em boa parte dos casos letal, ocorra uma ampla e diplomática parceria dos Poderes, pois são eles que representam o povo.
Toda e qualquer medida deve ser analisada com o máximo de critério, pois não há como deixar de sacrificar muita gente em favor da grande maioria. Não temos um Jesus, que morreu crucificado, após sofrer bastante, para salvar a humanidade. Hoje Jesus, são os Três Poderes, que têm a responsabilidade de organizar o país debatendo de forma ágil e democrática o que é melhor para a maioria, pois é impossível atender a todos.
É necessário evitar a debandada da população, que pode levar à loucura. O que deve fechar, tem que fechar por quanto tempo for necessário, mas o que pode abrir, lógico que tomando todas as medidas sanitárias necessárias é preciso abrir. A situação está ficando a cada dia mais complicada, porque nenhum cientista do mundo conseguiu criar uma vacina para poder amenizar a proliferação do coronavírus. O mundo está extasiado, perplexo e a maioria do povo indefesa na luta contra o desconhecido, o invisível.
Hoje, graças aos profissionais, inclusive muitos voluntários de segmentos diversos estão empenhados na luta, para que o país não pare totalmente, seja na área médica, no transporte, na produção de alimentos, remédios, medicamentos, etc. Sabemos de a necessidade de isolamento, quarentena, confinamento, mas quem tem condições deve ir ao trabalho, porque no caso de um desabastecimento geral as consequências sociais serão imensuráveis. O povo faminto, desesperado, sedento não tem como detê-lo, nem mesmo à força.
Rondônia é um dos Estados, talvez pelo clima sempre muito quente, que não favorece o coronavírus, que está conseguindo equilibrar as coisas, mesmo com os erros, mas também com inúmeros acertos. O 100% não existe, apenas na matemática, mas sempre há uma margem de erro, que pode ser à mais ou a menos. A meta é errar o menos possível.
Assim como no restante do mundo, onde há democracia, menos nos países comunistas, o diálogo, a união, a busca de o melhor para a maioria, pois não há como atender a totalidade devem ser priorizados. Que o governador Marcos Rocha e seus assessores, assim como o presidente da Assembleia Legislativa (Ale), deputado Laerte Gomes (PSDB/Ji-Paraná) e equipe e o presidente do Tribunal de Justiça (TJ), Paulo Kiyochi Mori junto com os demais órgãos, superintendências e autarquias federal, estadual ou municipal discutam com objetividade e rapidez as prioridades fechando as portas em momentos radicais, mas abrindo, com moderação, critério, para que não tenhamos uma convulsão social, pois o momento é melindroso e exige cautela, prudência, serenidade e acima de tudo ações eficazes na busca de soluções, que estão a cada dia mais difíceis.
Que Deus ilumine a todos, e que seja encontrado o melhor caminho para se evitar as trevas.
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