Globoesporte.com
Publicada em 18/04/2020 às 10h08
O Cruzeiro foi condenado, nesta sexta-feira, a pagar R$ 2,15 milhões ao volante Bruno Silva pelo descumprimento de rescisão de contrato entre as partes, acertado em 2019. Os pedidos do jogador foram julgados parcialmente procedentes já que o valor total da causa foi atualizado para R$3.039.275,16. O clube mineiro pode recorrer da decisão.
A juiza Daniele Cristina Morello, da 37ª Vara do Trabalho, determinou que o valor em atraso das parcelas - o Cruzeiro dividiu o pagamento em 13 vezes, mas pagou sete - fosse pago integralmente. Cada uma das parcelas era de R$ 230.772,93, totalizado o valor de débito em R$ 1.384.637, 58. Além disso, o clube foi condenado a pagar 50% do valor restante do distrato, o que alcança R$ 692.318, 78.
O Cruzeiro também foi condenado a pagar multas referentes a artigos da CLT, com o montante total do débito chegando a R$ 2,15 milhões.
Em dezembro do ano passado, houve uma primeira audiência de tentativa de conciliação entre as partes, na 37ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte. No encontro, o advogado de Bruno Silva, Marcus Vinicius Mingrone, afirmou que a Raposa tentou refazer um acordo, no qual pagaria a dívida só a partir de 2021, mas a sugestão foi rejeitada por ele e por Bruno Silva.
O departamento jurídico do Cruzeiro foi procurado, mas não atendeu às ligações. O GloboEsporte.com, entretanto, apurou que o acordo oferecido pela Raposa se baseou também no rebaixamento. O clube pediu para começar a pagar a dívida só no ano do centenário, uma vez que 2020 será de reconstrução administrativa com a entidade rebaixada para a Série B.
Contrato e termo de rescisão
Bruno Silva foi contratado pelo Cruzeiro em janeiro de 2018, com vínculo até 2020. No contrato, o jogador receberia um valor inicial de salário válido para a primeira temporada. Entretanto, o clube decidiu romper o instrumento contratual de trabalho, acertando pagamento de verbas rescisórias de R$ 3.016.775,26 em 13 parcelas, de acordo com o diagrama abaixo:
1ª parcela no valor de R$ 247,5 mil em 15/1
12 parcelas no valor de R$ 230,7 mil em cada dia 10 entre fevereiro/19 e janeiro/20
Entretanto, o clube mineiro realizou o pagamento integral apenas das cinco primeiras parcelas, ainda assim com atrasos no pagamento de algumas. A parcela de R$ 230,7 mil do mês de maio de 2019 só foi paga dois meses depois.
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