Agência Brasil
Publicada em 04/05/2020 às 15h22
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, disse hoje (4) que os leitos de hospitais privados poderão ser requisitados caso não haja um acordo com a rede privada de saúde. “Se for o caso, a gente já tinha autorização da legislação federal, e agora com a legislação municipal, vamos poder requisitar esse leito e, depois, discutir o quanto deve ser pago por ele”, ao citar a lei municipal 17.340, aprovada na quinta-feira (30).
“A requisição a gente chega quando não há acordo. Aí a gente requisita e obriga a pessoa a receber e depois a gente discute o valor. Os hospitais que não queiram conversar e, havendo a necessidade, aí podemos fazer a requisição”, afirmou o prefeito.
Inventário
Segundo Covas, a prefeitura terminou de fazer um inventário sobre a quantidade de leitos na rede privada. Foram identificados 247 hospitais privados na capital paulista, sendo que 107 administram 3.970 leitos. Os demais 140 têm 255 leitos. “São com esses hospitais que a gente tem priorizado a conversa. Com dois deles já assinamos contrato para disponibilizar leitos de UTI para regulação municipal, como o Hospital da Cruz Vermelha e o Hospital da Unisa. Isso já está sendo feito na cidade de São Paulo via contrato, com pagamento de preço público de R$ 2,1 mil por dia e por leito, pago pela prefeitura de São Paulo”, disse o prefeito.
No acordo fechado com a Cruz Vermelha, a prefeitura conseguiu 20 leitos de UTI, inicialmente, e 40 de enfermaria. No caso da Unisa, foram obtidos 60 leitos de enfermaria, que vão funcionar como sistema de retaguarda para os hospitais de Parelheiros e do M’Boi Mirim.
Até ontem (3), a taxa de ocupação de leitos de UTI na cidade de Sâo Paulo estava em 76% nos hospitais municipais. A capital tinha, até ontem (3), 20.464 casos confirmados de coronavírus, com 1.744 óbitos.
Centro de apoio
O prefeito Bruno Covas disse que o serviço oferecido por nove unidades do Centro de Apoio ao Trabalho e Empreendedorismo (Cates), para auxiliar pessoas que estão com dificuldade de conseguir o auxílio emergencial do governo federal, estão funcionando bem.
“Algo em torno de 500 mil paulistanos que tem direito a esse auxilio, dos 2,2 millhões, ainda não conseguiram fazer o registro no aplicativo disponibilizado pela Caixa Econômica Federal no dia 7 de abril. Nós atendemos 1,4 mil pessoas que tiveram agendado pelo serviço 156”, disse.
“Estamos tirando dúvidas dessa população e ajudando pessoas a se cadastrarem, reduzindo o número de pessoas que vão a agências da Caixa Econômica Federal”, acrescentou.
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