Globoesporte.com
Publicada em 12/05/2020 às 09h48
Com o retorno do Campeonato Rondoniense definido para novembro, o Ji-Paraná terá pela frente dois jogos na fase de grupos e caso queira garantir uma vaga nas semifinais do Estadual, precisa vencer os dois combates, já que o terceiro colocado - o União Cacoalense - está colado no G2, tendo apenas um ponto de diferença do Galo da BR, que ocupa a segunda posição no grupo B.
Desde que estreou no Ji-Paraná, o técnico Bruno Monteiro não sabe o que é perder. No primeiro jogo no comando do Galo da BR, o time venceu o Barcelona-RO por 1 a 0. No segundo jogo, Bruno comandou o time em casa, no clássico contra o União Cacoalense e também saiu com a vitória por 1 a 0. Com os resultados positivos, o time avançou na tabela de classificação do Estadual e já projeta um futuro na segunda fase da competição.
- Nossos atletas estão sendo supervisionados pelo Elton, nosso preparador físico. Sempre tenho buscado manter contato com todos os atletas, desenvolvemos boa relação de amizade com todos do elenco - disse.
Em entrevista ao globoesporte.com/ro, Bruno revelou que tem aproveitado o período de quarentena para se dedicar aos estudos e curtir a família, já que passa a maior parte do ano longe deles.
- Esse é o tempo que nos falta durante o período que estamos trabalhando, então tenho buscado aproveitar o máximo possível para estudar, rever alguns conceitos, aprender outros, assistir algumas lives, ler livros, artigos, trocar ideias com amigos de diversas áreas que trabalham com futebol. Além da vida pessoal, onde passamos boa parte do ano longe da família e com pouco tempo para nossas relações interpessoais. Então esse momento tem sido propício para fazermos algumas atividades que encontramos alguma dificuldade enquanto estamos trabalhando - disse o técnico.
Ainda longe de casa, na Paraíba, Bruno revela que está passando a quarentena com a esposa, em Manaus e que aguarda um posicionamento da CBF sobre o Brasileirão Série D, competição que o Ji-Paraná irá disputar em 2020.
- Não fui para minha casa no nordeste, fiquei em Manaus na casa da minha mulher, aguardando alguma definição da CBF em relação ao Brasileiro Série D - explicou.
Em ano atípico no futebol, devido a pandemia do novo coronavírus, os profissionais da área estão tendo que se adaptar às novas rotinas de trabalho. Com isso, Bruno acredita que o distanciamento entre atletas e comissão técnica gera déficits em vários setores.
- O contexto atual é algo que nunca antes foi vivenciado pelos profissionais que atuam diretamente com o futebol. É um fator amplo e que fatalmente gera déficit de performance principalmente a níveis técnicos, táticos, cognitivos e psicológicos. Já [sobre] a dimensão física, a grande maioria dos clubes elaboraram planos de treino visando os atletas, para que eles treinem em suas respectivas residências. Porém sabemos que a carga, intensidade e especificidade estão bem distantes da realidade de um dia a dia vivenciado dentro do clube, com a operacionalização direta de todos profissionais da comissão do clube - explicou Bruno.
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