Planeta
Publicada em 20/05/2020 às 14h28
A seca que assola Santa Catarina fez aparecer no leito do rio Negro rochas com fósseis de uma espécie de réptil marinho conhecida como mesossauro. A identificação foi realizada pela equipe do Centro Paleontológico (Cenpaleo) da Universidade do Contestado (SC), que esteve no município de Três Barras, na divisa com o Paraná, realizando coleta de amostras para análise.
Segundo Luiz Carlos Weinschütz, coordenador do Cenpaleo, o aparecimento das rochas, efeito da grande seca que assola a região, trouxe à tona um novo local de ocorrência dos fósseis de répteis que viveram na região há mais de 280 milhões de anos. “Apesar de estarmos vivenciando este período de seca, essa é uma importante descoberta científica para a região.”
Os mesossauros viveram cerca de 280 milhões de anos atrás, portanto, bem antes dos dinossauros (230 a 65 milhões de anos). Quando esses répteis estavam vivos, a América do Sul ainda estava ligada à África, à Antártida, à Índia e à Austrália, formando o continente Gondwana (parte sul do supercontinente Pangeia). Eles tinham hábito aquático, mediam até 1 metro de comprimento e viviam em grandes lagos de água salobra a salgada. Provavelmente se alimentavam de pequenos crustáceos.
A rocha onde estão esses fósseis é definida como um folhelho oleígeno, popularmente chamado de xisto betuminoso.
URL: https://rondoniadinamica/noticias/2020/05/seca-em-santa-catarina-expoe-fosseis-de-mais-de-280-milhoes-de-anos,75175.shtml