Notícia ao Minuto - Portugal
Publicada em 25/05/2020 às 15h55
O Ministério dos Assuntos Estratégicos fez o pedido por carta ao administrador e fundador da companhia Twitter, Jack Dorsey, informou o jornal digital local Times of Israel.
De acordo com Orit Farkash-Cohen, as próprias políticas do Twitter contra os discursos de ódio "estipulam que um utilizador 'não deve promover a violência, atacar diretamente ou ameaçar outro povo com base na raça, etnia, origem nacional ou credo religioso'", uma regra que considera que Khamenei está a violar.
Os factos acontecem poucos dias após a controvérsia sobre os comentários do líder iraniano, que na sexta-feira passada pediu a eliminação do "vírus sionista", uma referência que provocou uma forte reação por parte do primeiro-ministro Benjamim Netanyahu.
"Repetimos: quem ameaça destruir Israel coloca-se em perigo semelhante", alertou Netanyahu após as declarações de Khamenei, que também pediu para reforçar, com todos os meios possíveis, os grupos de resistência palestinos num discurso a propósito do dia de Al Quds (Jerusalém, em árabe).
Israel "é um tumor mortal, canceroso e prejudicial" para o Médio Oriente que "será sem dúvida arrancado e destruído", acrescentou o presidente iraniano em comentários também colocados na rede social Twitter.
Após dois meses num relativo segundo plano devido à pandemia covid-19, a tensão entre Israel e o Irão aumentou novamente em maio, num contexto de crescente tensão que incluiu supostos ataques cibernéticos e um aumento no atrito retórico entre os seus líderes, que têm o Twitter como campo de batalha onde lançam ameaças, advertências e censuras.
Israel vê o Irão como um inimigo e uma ameaça existencial na região.
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