Agência Senado
Publicada em 10/06/2020 às 07h50
O senador Acir Gurgacz (PDT-RO) defendeu nesta terça-feira (9) a prorrogação do auxílio emergencial de R$ 600 e a sua transformação em um programa permanente de renda mínima. Também propôs que o pagamento das parcelas do seguro-desemprego seja prorrogado durante a pandemia da covid-19.
Acabar com a fome, evitar convulsão social e manter a economia ativa são objetivos que justificam as propostas, segundo o senador. Ele lembrou que a renda das famílias foi reduzida por causa do isolamento social e da paralisação de atividades econômicas, e muitos brasileiros ficaram sem renda nenhuma.
Crise econômica
Na opinião de Acir Gurgacz, manter o auxílio já pago a 59 milhões de brasileiros pode evitar uma tragédia social, diante do aumento do número de casos de vítimas da covid-19 e da previsão de uma grave crise econômica.
— Além de atenuar os impactos da crise sobre as famílias e as empresas, a prorrogação do auxílio emergencial e do seguro-desemprego coloca mais dinheiro em circulação no país. A roda da economia gira e tudo isso é positivo para todos. Reforço mais uma vez que essas medidas devem ser complementadas com ações ou programas de apoio ao setor produtivo, com repasse de recursos as empresas para manutenção dos empregos e a retomada plena da economia — explicou.
Assistência social
Acir Gurgacz acrescentou que o governo deve reforçar a assistência social.
— Não se trata de esmola, não é bondade, mas sim de justiça social. É responsabilidade pública. É dignidade. Nosso grande desafio é dar à população mais carente o apoio necessário para superar a pandemia, com oportunidade para crescer na vida garantindo um presente e um futuro melhor para todos, afirmou.
O senador lembrou que os investimentos do governo nas pessoas e no setor produtivo além de beneficiar milhões de pessoas e empresas sempre retornam para a economia e para a união na forma de tributos ou no aumento do PIB.
Retorno para a economia
Acir Gurgacz disse que, de acordo com estudo recente do Centro de Desenvolvimento do Planejamento da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), uma eventual prorrogação de auxílio emergencial até o final do ano pode devolver aos cofres públicos da União até 45% dos valores pagos às família.
O senador explicou que é autor de projeto de lei que prevê a prorrogação do pagamento das parcelas do seguro-desemprego durante a pandemia (PL 2.644/2020)
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