AFP
Publicada em 20/06/2020 às 09h25
As autoridades de saúde do Irã anunciaram neste sábado mais de 100 mortes e mais de 2.000 contágios do novo coronavírus nas últimas 24 horas, para um total de mais de 9.500 vítimas fatais no país, que entra no quinto mês de luta contra a epidemia.
A República Islâmica, que anunciou os primeiros casos de COVID-19 em 19 de fevereiro, é o mais afetado do Oriente Médio.
A porta-voz do ministério da Saúde, Sima Sadat Lari, anunciou 115 mortes nas últimas 24 horas, o que eleva o balanço de vítimas da pandemia no Irã a 9.507 vítimas fatais.
Ao mesmo tempo foram registrados 2.322 novos casos de contágio, o que eleva o total de infectados a 202.584.
O presidente Hassan Rohani advertiu neste sábado que o estresse geral provocado pela epidemia pode fazer com que a população sinta que está "deprimida e preocupada". Ele pediu a especialistas e artistas que preparem mentalmente a as pessoas "para combater o vírus durante um longo período".
"Sem perseverança e continuidade, corremos o risco de perder os que ganhamos", completou, durante uma reunião do comitê nacional de luta contra a pandemia.
Rohani confirmou ainda a decisão do governo de conceder novamente aos comitês provinciais o poder de impor as restrições necessárias contra a epidemia.
O Irã registrou o pior balanço diário no início de maio, antes de enfrentar nas últimas semanas um novo pico, o que provoca o temor de uma segunda onda epidêmica.
Os números do governo são questionados por especialistas estrangeiros e algumas autoridades iranianas, que destacam uma grande subnotificação.
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