Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
Publicada em 20/06/2020 às 10h22
Como o coronavírus é o assunto predominante no noticiário regional, nacional e internacional e o leitor já está saturado e muito bem informado sobre tudo relacionado a pandemia, inclusive as notícias falsas, outras plantadas com interesses pessoais, de grupos e não da maioria da população, vamos a um assunto, que interessa a todos, inclusive sobre o futuro do vírus: as eleições municipais deste ano. Apesar da importância do processo eleitoral, ainda, há muita dúvida sobre o seu futuro, mas a prorrogação de mandatos está descartada.
Segundo a Lei Eleitoral as eleições municipais deste ano, que elegerão prefeitos, vices e vereadores estão marcadas para 4 de outubro próximo em primeiro turno. Nos municípios com mais de 200 mil eleitores existe a possibilidade de segundo turno, no dia 25 do mesmo mês.
Devido à ação agressiva do coronavírus em todo o mundo provocando mudanças radicais do modo de vida das pessoas e uma infinidade de óbitos, com o agravante, de até o momento, apesar de cerca de 4 meses de luta contra a pandemia não se ter uma vacina, um antídoto, está sendo analisada a possibilidade de adiamento das eleições outubro deste ano, para novembro e mesmo dezembro. E também há quem defenda, que os mandatos de prefeitos, vices e vereadores sejam prorrogados para coincidência com as eleições gerais de 2022, quando serão eleitos presidente da república, governadores e respectivos vices, duas das três vagas ao Senado, Câmara Federal e Assembleias Legislativas. Hipótese difícil de passar no Congresso Nacional.
O adiamento para novembro ou dezembro está sendo analisado por deputados federais e senados, mas há quem defenda, que não as eleições não sejam adiadas. Até o final deste mês o impasse deverá ser decidido, pois as convenções partidárias, para escolha dos candidatos devem ocorrer no período de 20 de julho a 5 de agosto próximo.
Apesar de ampla discussão no Congresso Nacional e envolvimento direto do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), agora com novo presidente, Luís Roberto Barroso, que não concorda com a prorrogação, mas já adiantou, que a decisão é dos senadores e dos deputados a mobilização nos municípios de Rondônia, ainda, não envolveu a maioria dos políticos. Mas nos principais municípios alguns nomes já são colocados como pré-candidatos.
Porto Velho, com mais de 300 mil eleitores teve segundo turno desde quando ultrapassou os 200 mil eleitores, o mínimo para a possibilidade de eleições em dois turnos. Além do prefeito Hildon Chaves (PSD) é grande o número de pré-candidatos em condições de disputar o comando da capital a partir do próximo ano.
Estão cotados como pré-candidatos o deputado federal Léo Moraes (Podemos), o advogado Vinícius Miguel (Cidadania), o ex-presidente da Assembleia Legislativa (Ale), Hermínio Coelho e Jaime Gazola, ambos do (PV); Leonel Bertolin filiado ao PTB, deputado estadual Heyder Brasil (PSL) e o ex-governador Daniel Pereira (Solidariedade). A vereadora Cristiane Lopes (PP) é, por enquanto, a única mulher pré-candidata na capital é suplente de deputado federal e já provou que tem respaldo popular.
Em Ji-Paraná, além do prefeito Marcito Pinto (PDT), estão na lista de pré-candidatos o presidente da Ale, Laerte Gomes (PSDB), ex-vereador Isaú Fonseca (MDB), deputado estadual Jhony Paixão (PRB) e o médico João Durval (PP) também despontam no topo da lista de nomes em condições de disputar a sucessão municipal.
Com o prefeito de Ariquemes, Thiago Flores (PRB), fora da disputa pela reeleição, os nomes mais cotados para concorrer as eleições municipais são do vice-prefeito Lucas Follador (DEM), da ex-secretária de Estado da Agricultura, Mary Braganhol (MDB) e do ex-deputado estadual Tiziu Jidalías (Solidariedade). Certamente teremos outros pretendentes a assumir o comando do município em janeiro do próximo ano, mas por enquanto os pré-candidatos citados são os mais cotados.
Em Cacoal a prefeita Glaucione Rodrigues (MDB) navega em águas tranquilas, pois quem poderia promover uma disputa acirrada seria o deputado estadual Adailton Fúria (PSD), derrotado por ela em 2016, mas o parlamentar já adiantou, que pretende cumprir o seu mandato e, se for o caso concorrer à reeleição em 2022. Com Divino Cardoso (PTB) e o ex-vereador Luiz Carlos Katatal fora, Glaucione, por enquanto, está tranquila.
Quem também não deverá ter muitas dificuldades para buscar a reeleição é o prefeito de Vilhena Eduardo Japonês (PV), pré-candidato à reeleição. O maior adversário dele é a Família Donadon, mas com o ex-prefeito Melki, o ex-deputado federal Natan e o ex-deputado estadual Marcos impossibilitados de concorrer, resta a ex-prefeita Rosani, esposa de Melki e derrotada por Japonês em eleição suplementar realizada em julho de 2018.
Está difícil apontar um nome em condições de concorrer a prefeito de Rolim de Moura. Nos últimos anos Rolim teve vários prefeitos, após a renúncia de César Cassol (PP) em 2015 e a posse do vice, Luizão do Trento (PSDB). Luizão foi reeleito em 2016 e afastado em várias oportunidades, como agora. Quem comanda a prefeitura é o presidente da câmara, Lauro Lopes (PRB), porque Trento e seu vice Fabrício Melo foram afastados devido a problemas com a Justiça Eleitoral. Lopes deverá concorrer à reeleição.
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