Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
Publicada em 22/06/2020 às 14h42
Insatisfeito – O governador Marcos Rocha (PSL) confidenciou para alguns assessores mais próximos sua insatisfação com o episódio envolvendo o cerimonial do governo, que barrou a presença dos representantes do senador Confúcio Moura (MDB-RO) (Williames Pimentel ex-secretário de Estado da Saúde e Vilma Alves) em encontro com o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazzuelo no Palácio Rio Madeira, na capital, na última segunda-feira (15). O governador não teria escondido o seu descontentamento com o Cerimonial e com a Comunicação, lembrando que, após a epidemia do coronavírus poderá promover mudanças nos setores.
Abusos - A situação econômica, social e financeira da população mundial não é das melhores, devido ao coronavírus. Em Rondônia não é diferente. Há indignação com os grandes supermercados em Porto Velho, que estão “esfolando” a pele da população sem que os organismos de fiscalização como o Procon, de repreensão como o Ministério Público e outros órgãos de defesa do consumidor. O povo está abandonado pelas autoridades e pagando um preço muito alto neste momento difícil, devido aos abusos nos preços praticados na comercialização de mercadorias essenciais à mesa de qualquer família, seja ela rica ou pobre. Um litro de leite fabricado em Goiás, por exemplo, que custava há dias menos de R$ 3, hoje custa R$ 4,99. Um absurdo...
Abusos II – Os supermercados e grandes atacadistas foram os maiores favorecidos com a crise oriunda da pandemia. Nunca fecharam as portas e pouco se preocuparam ou se preocupam com as regras mínimas para se evitar contaminação maior do coronavírus, a não ser faturar. De nada adianta limitar os estacionamentos, se dentro do estabelecimento não há organização e orientação permanentes, para se garantir a prática das medidas preventivas, que não estã0 limitadas, apenas à máscara e álcool gel, mas também medindo a temperatura na entrada e orientando, organizando a circulação de pessoas dentro dos estabelecimentos como filas nos caixas, padaria e açougue.
Abusos III – Outro problema sério é a irresponsabilidade de boa parte dos comerciantes, que não obedecem às normas do decreto estadual e burlam a todo momento a fiscalização, que deveria ser mais eficiente, constante e rígida. Na última semana, foi possível observar que, na passagem da fiscalização parte do comércio estava fechado como o decreto determina, mas tão logo o grupo se afastava, os locais que deveriam permanecerem fechados abriam e pessoas ficavam dando cobertura, à distância, alertando quando novamente o pessoal da fiscalização estava em novo giro. Esses comerciantes irresponsáveis deveriam ser multados e ter os estabelecimentos lacrados, no mínimo. Não se pode confundir liberdade, abertura com irresponsabilidade, bagunça...
Abusos IV – Fala-se muito, que os problemas são maiores nas zonas Leste e Sul e de fato não é inverdade. A Zona Leste, por exemplo, é o maior centro comercial da capital e a Zona Sul também tem enorme potencial. A mobilização de pessoas é muito maior nessas regiões, que no centro, por isso as constantes aglomerações de pessoas. As avenidas Amador dos Reis, na Zona Leste e Jatuarana, na Zona Sul e adjacências deveriam ter orientação, organização e fiscalização maior e mais eficiente, inclusive limitar abertura e fechamento das lojas em sistema de rodízio, (como ocorre em São Paulo), nos bairros mais populares da capital e de enorme concentração de pessoas como nas zonas Sul e Leste. Em caso contrário ficaremos com um abre e fecha o resto da vida, ou pelo menos enquanto não se disponibilizar uma vacina para a pandemia. A maioria de bons comerciantes não pode pagar por atos irresponsáveis, criminosos até, de uns poucos, que teimam em não respeitar o decreto estadual, inclusive de a fiscalização e orientação, que deveriam ser mais eficientes e mais práticas.
Respigo
Ótima e oportuna a iniciativa do prefeito de Vilhena, Eduardo Japonês (PV), que anunciou a ação da prefeitura, que fornecerá kit às pessoas que estejam contaminadas com o coronavírus. Japonês, que admitiu publicamente, que está com o vírus e em franco tratamento, disse que o kit será entregue a todos os casos positivados e devem ser usados sob prescrição médica +++ Sem a vacina a realização de testes preventivos é um dos caminhos para amenizar, reduzir, frear o crescimento da pandemia, que geralmente é letal quando o tratamento é feito, após avanço da contaminação. Ele deve ser feito em fase inicial e é fundamental para se evitar o óbito +++ A prefeita de Cacoal, Glaucione Rodrigues (MDB) estava tranquila na sua caminhada rumo à reeleição devido à falta de pré-candidatos fortes. Informações dão conta que a deputada federal Jaqueline Cassol (PP-RO), que tem domicílio eleitoral em Cacoal é pré-candidata a prefeita +++ Se realmente Jaqueline resolver enfrentar as urnas este ano, e não tem nada a perder, ao contrário, poderá consolidar a sua liderança em Cacoal e região, mesmo que não seja vitoriosa, terá menos dificuldades, para as eleições gerais de 2022 para a reeleição. Caso Jaqueline entre na disputa teremos uma eleição bastante concorrida na “Capital do Café” o que é muito bom para a democracia.
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