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Publicada em 02/07/2020 às 10h13
Alfreda Acioly, campeã nacional de fisiculturismo, que mora na localidade de Jacy Paraná, distrito de Porto Velho, em Rondônia afirmou que está curada da Covid-19. Segundo ela, foram dias muito difíceis.
- Quando recebi o teste de positivo da Covid, levei um susto, fiquei com medo de morrer, exclamou a atleta.
Ela conta que a febre judiou bastante e foram sete dias com sintomas mais duros. A atleta se manteve isolada para não contaminar outras pessoas, e foi mais forte que a doença. Agora os momentos de angústia ficaram só memória.
- Imagine só, eu como atleta, que tenho uma imunidade e uma boa alimentação, tomo minhas vitaminas, senti o quanto essa doença é cruel, imagine outras pessoas, afirma Alfreda.
Ela não esquece o apoio recebido para que permanecesse em casa e cumprisse os protocolos da quarentena, conforme a recomendação das autoridades de saúde. E segue já pensando em retornar aos treinos de forma gradativa.
De recado, Alfreda Acioly aconselha para que as pessoas fiquem em casa se puderem, neste momento de isolamento social.
- Precisamos pensar no próximo. Evitar que o vírus chegue até as outras pessoas, não podemos levar, isso está matando. Vamos ter força e fé e tudo vai passar para voltarmos à vida normal, finaliza Alfreda Acioly, em entrevista à reportagem da Rede Amazônica.
Com a pandemia mundial do novo coronavírus todas as competições em modalidades diversas foram suspensas e outras canceladas, como os Jogos Olímpicos, do Japão. No fisiculturismo a realidade não tem sido diferente. Para evitar aglomerações e frear a proliferação do vírus, as academias de ginástica foram fechadas por determinação das autoridades de saúde.
Em Jacy Paraná, Alfreda Acioly busca alternativas num cenário com muito verde e espelho de água para não perder a forma física, até que tudo passe e possa voltar as competições.
A preparação física é de causar inveja em muita gente. Alfreda Acioly vive para a malhação. Cumpre uma rotina de treinos diários e não é só isso, a alimentação também é voltada para a prática do esporte, o fisiculturismo.
É um esporte caro. Demanda o uso de horas de academia de ginástica, compra de nutrientes vitamínicos voltados a manutenção do corpo, que é ferramenta para as apresentações nas competições pelo Brasil e outros países.
Só com os treinos e alimentação são gastos um alto valor mensal, que varia conforme a competição. Daí a necessidade de ter bons patrocínios, fazer apresentações, desfilar e gravar comerciais de lojas da moda fitness.
Campeã Brasileira Bikini Model 2018
A maior conquista foi há dois anos. Se apresentando em Florianópolis, SC, a fisiculturista de Rondônia sagrou-se campeã Brasileira do Bikini Model 2018.
Campeã Brasileira já no segundo ano de competições, a primeira foi em 2017. Nada mal para um início de carreira de uma mulher atleta do interior da Amazônia, que superou e supera todas as adversidades para conquistar um cobiçado lugar de destaque no fisiculturismo do Brasil e do continente.
Top 3 Sul-americano
Foi no mesmo ano da conquista do Brasileiro, que Alfreda Acioly quase ganhou o Sul-americano 2018, realizado em Curitiba. A atleta de Rondônia foi a terceira melhor no ranking da América do Sul.
No início deste ano, disputou o sul-americano em Lima, no Peru e obteve novamente a terceira colocação. São dois anos consecutivos como Top 3 da América.
Rondoniense
A atleta Alfreda Acioly, nasceu em Vila Murtinho, localidade histórica, de Nova Mamoré, interior de Rondônia. O lugar era uma das estações de paragens da Maria Fumaça, o trem da lendária Estrada de Ferro Madeira Mamoré, construída no início do século passado para o transporte da borracha.
Os pais de Alfreda vivem até hoje em Vila Murtinho. Lugar que a atleta busca refúgio sempre que pode, pois encontra muita tranquilidade, acolhida da família e um cenário rico para novos posts fotográficos.
URL: https://rondoniadinamica/noticias/2020/07/rondoniense-campea-nacional-de-fisiculturismo-alfreda-acioly-diz-que-esta-curada-da-covid-19,78755.shtml