Assessoria/Prefeitura
Publicada em 04/07/2020 às 09h03
Em meio à pandemia da covid-19, diversos setores do comércio foram afetados, até mesmo os pequenos produtores rurais. Para amenizar a situação dos agricultores familiares, a Secretaria Municipal de Agricultura (Semagri) faz já há várias semanas o intermédio entre o comércio local e os chacareiros, auxiliando-os nas vendas. Somente durante os últimos 15 dias, mais de 5.800 quilos de alimentos foram comercializados em Vilhena através da parceria.
O secretário municipal de Agricultura, Jair Dornelas, destaca o trabalho que vem sendo feito durante a gestão do prefeito Eduardo Japonês. “O prefeito cobra da gente e estamos aqui pra isso: atender quem precisa. Na Semagri o foco é o produtor, trabalhamos por eles sempre buscando soluções para o aumento de produtividade e também das vendas”, conclui o secretário.
O projeto de fomento à venda é possível graças às visitas de servidores da Semagri em supermercados, restaurantes, mercearias e lanchonetes para apresentar o que é produzido no município por associações de produtores. As visitas garantiram que muitos adquirissem dos produtores os alimentos que seriam descartados devido à crise.
A servidora Micaela Bolsoni destaca que as compras ocorrem em diversos setores, inclusive em grupos de redes sociais. “Tivemos um bom número de vendas em mercados. Porém, o maior público foi dos restaurantes, marmitarias e cantinas de fazendas locais. Fizemos o intermédio entre empresários e produtores, que agora fazem dos nossos produtores, fornecedores fixos. E também tivemos as redes sociais, que neste período de distanciamento, foram bastante úteis na divulgação do que o setor tem conquistado em termos de produtividade e qualidade”, destaca Micaela.
O agricultor Darci Thiele, que planta amendoim e batata-doce, agradece o empenho da secretaria. “Vivemos um período difícil. No começo da pandemia tivemos muitos problemas na comercialização do que fazíamos, mas graças a Deus o comércio está comprando da gente. Estou muito feliz pelas vendas, meu suor valeu a pena e estamos podendo colocar as contas em dia, com ajuda da Semagri”, relata o produtor.
A iniciativa de incentivo beneficiou especialmente as comunidades agrícolas Agrovila e Cooperfrutos. Somente a Agrovila vendeu cerca de 3,3 mil quilos de diversos alimentos, como batata-doce, amendoim, maxixe, mamão, abacaxi, rabanete, abobrinha, abóbora, jiló, cará, laranja, limão, quiabo, alface, rúcula, cheiro verde, couve, repolho e banana. Já a Cooperfrutos vendeu mais de 2,5 toneladas, entre os quais melancia, mandioca, alface, abóbora, banana, cheiro verde e pimentão.
Nas próximas semanas a Semagri já se programou para atender mais regiões produtivas da zona rural do município estendendo a ajuda a todos que precisarem. Associações e setores que tiverem interesse em potencializar suas vendas por meio do projeto podem buscar contato com a secretaria, das 7h às 13h, no Paço Municipal.
A Semagri lembra que as medidas que a Prefeitura adotou para evitar a disseminação da covid-19 envolveram restrições às feiras. Assim, a redução na venda dos produtores foi natural. “Daí entra a nossa ação de ajudar e buscar soluções. Esse serviço de ‘agenciamento’ para os produtores em necessidade não tem custo nenhum para os agricultores. Todo o valor das vendas é do produtor e isso tem mantido muitas famílias no campo ainda na ativa, mesmo com a economia em recessão”, conta Jair.
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