Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
Publicada em 16/07/2020 às 15h01
Coerência – A decisão de o governador Marcos Rocha (Sem Partido), que despacha de casa, porque a esposa e secretária de Ação Social, Luana está se recuperando do coronavírus, de retirar da pauta da Assembleia Legislativa (Ale) o Projeto de Lei 446/2020 propondo perdão de grande parte da dívida da Energisa, empresa distribuidora de energia elétrica no Estado demonstra coerência e humildade. Errar é comum. O político bem-intencionado, que tem a missão hercúlea de atender o povo, padece. Não é fácil ser um administrador público eleito pelo voto popular, devido a facilidade de manipular o dinheiro público, que é muito. Ele contagia a maioria dos políticos para o ilícito. Não é o caso de Marcos Rocha. E a quarentena forçada está contribuindo para o governador analisar melhor certas ações.
Coerência II – Quando uma pessoa reconhece que está errada e procura corrigir o erro merece consideração. Quando a Energisa “comprou” a extinta Centrais Elétrica de Rondônia-Ceron em leilão pro-forma por R$ 50 mil também assumiu o passivo e o ativo da empresa. As dívidas da Energisa como Estado chegam hoje em torno de R$ 2 bilhões e o governo, não se sabe o motivo, estaria propondo o perdão de cerca de R$ 1,3 bilhão, através de projeto de lei. Estranho. Mais estranho, ainda, é a nota da Energisa, sobre a retirada do pedido de perdão da dívida, quando diz em certo trecho que “a Energisa ressalta que desde que assumiu a concessão no estado, no fim de 2018, mantém em dia o pagamento de tributos ao estado”. Pelo que se saiba é obrigação pagar tributos ao Estado, assim como a dívida, que assumiu quando “comprou” a Ceron. É o fim da rosca...
Caerd – A situação da Companhia de Águas e Escotos de Rondônia-Caerd há tempos deve e precisa ser revista. A Caerd tem administração compartilhada e desde o período em que passou a ser administrada pelo PT, antes de o partido eleger dois presidentes para quase quatro mandatos (Lula e Dilma) vem se “afogando” a cada ano. Na época o comando da Caerd foi do PT e a prioridade da diretoria passou a ser a maioria dos servidores de alta patente. Resolveram o problema financeiro da maioria dos “cabeças” e a empresa quebrou. Hoje, da cúpula, quem não está aposentado continua recebendo salários elevados e o pessoal de campo, reduzido e sem condições de atender a demanda no Estado, está na penúria e agora querem que o povo pague a conta.
Ajuda – Tramita na Assembleia Legislativa (Ale), projeto autorizando o governo do Estado a repassar ajuda financeira para a Caerd, que está sendo analisado com maior cuidado. Serviços autônomos de águas e esgoto em Cacoal e Vilhena, por exemplo, municipalizados há anos funcionam muito bem com a direção das prefeituras. A situação econômico-financeira da Caerd precisa ser levantada com uma ampla auditoria para se saber qual a real situação. A princípio a empresa não tem condições de continuar atendendo a população com o mínimo de eficiência que o segmento necessita. Uma lástima.
Apressadinhos – A maioria dos acidentes em Porto Velho, que diminuíram de forma considerável nos últimos meses devido a pandemia e a boa parte da população, aderiu a quarentena, ficando em casa, envolveu motoqueiros. Mais os entregadores devido ao crescimento ultrarrápido do serviço de entrega de produtos, através do delivery como é mais conhecido estão a cada dia mais ousados e irresponsáveis. Quase a totalidade deles não respeita semáforo, faixa de segurança, placas de sinalização, ruas e avenidas preferenciais, estacionamento regulamentado, etc. Prefeitura e o setor de trânsito da Polícia Militar (PM) devem firmar parceria para amenizar o problema, que deverá se agravar, agora, com a abertura das atividades comerciais. Se com a maioria do comércio fechada não se tinha leitos de UTIs, devido aos acidentes em grande número envolvendo motocicletas, agora com o movimento multiplicado várias vezes a situação ficará, ainda, mais crítica. Prudência e caldo de galinha não fazem mal a ninguém.
Respigo
O presidente da OAB-RO Elton Assis encaminhou artigo à coluna rebatendo opinião do colega advogado e membro da entidade, Gleyson Belmont contestando certas ações da Ordem com o título “A OAB-RO morreu”, publicado na coluna da última terça-feira (14). No artigo com o título “Não se sepultam as imortais” (clique aqui), Elton diz que “foi veiculado em sítio eletrônico de notícias da capital, artigo jurídico com manifestas inverdades, visando a produção de desinformação” +++ As inverdades e produção de desinformação devem ser atribuídas ao advogado Gleyson Belmont, que citou em seu artigo três episódios em que a OAB-RO se manifestou publicamente. Como os três casos foram noticiados pela mídia, inclusive nacional fica difícil rotular as citações de “inverdades” e “desinformação” +++ O líder comunitário do Lagoinha, um dos mais importantes bairros de Porto Velho clama por mais pavimentação e outras obras de infraestrutura. Hoje (16) um grupo de moradores do bairro tendo à frente o líder comunitário Carlos Grenan, o “Carlos do Lagoinha” protocolaram na prefeitura ofício encaminhado ao prefeito Hildon Chaves (PSDB) e sua equipe +++ Os moradores reivindicam pavimentação, drenagem e meio fio para as ruas Palmeiras, Santos e Vasco da Gama. “Estamos em busca de melhor qualidade de vida para nós, moradores e esperamos o apoio do prefeito Hildon”, disse Carlos.
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