Agência Brasil
Publicada em 17/07/2020 às 14h21
O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, disse nesta sexta (17) que está pronto para concorrer a um segundo mandato nas eleições do ano que vem.
O alemão de 66 anos, ex-esgrimista olímpico que ganhou uma medalha de ouro pela Alemanha Ocidental nos Jogos de 1976, foi eleito pela primeira vez em 2013 para um mandato de oito anos e é elegível para mais um mandato de quatro anos.
“Se vocês desejam, membros do COI, estou pronto para concorrer a um segundo mandato como presidente do COI e continuar a servir a vocês e a esse movimento olímpico, que todos gostamos tanto, por mais quatro anos”, declarou o dirigente.
Durante a sessão, que foi realizada pela primeira vez por videoconferência por causa da pandemia do novo coronavírus (covid-19), Bach recebeu declarações de apoio de membros do COI.
Se reeleito, Bach terá que supervisionar a recuperação do COI após decidir, em conjunto com o governo japonês, adiar os Jogos de Tóquio deste ano por um ano por causa da pandemia.
Em seu discurso de abertura, Bach também alertou contra um “crescente uso indevido do esporte para fins políticos”, dizendo que os boicotes eram “mais uma vez um perigo real”.
“Isso acontece exatamente 40 anos após o boicote completamente mal sucedido das Olimpíadas de 1980 [em Moscou], parece que hoje alguns simplesmente não querem aprender nada da história”, declarou.
Bach acrescentou que “esses boicotes esportivos não têm nenhum efeito político” e destacou que o exército soviético, cuja invasão do Afeganistão provocou o boicote de 1980, permaneceu no país da Ásia Central por mais nove anos.
“O único efeito político que o boicote de 1980 teve foi o de desencadear o boicote à vingança dos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 1984”, disse.
Embora não tenha havido uma discussão séria sobre um potencial boicote olímpico futuro, os Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim em 2022 podem ser complicados por uma série de confrontos políticos.
Isso inclui uma situação cada vez mais instável e volátil em Hong Kong e uma eleição americana que pode ver as relações entre Estados Unidos e China como um dos principais problemas.
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