G1
Publicada em 17/07/2020 às 14h55
O exército dos EUA vai proibir a bandeira dos estados Confederados em suas instalações, de acordo com um anúncio feito nesta sexta-feira (17).
A política foi descrita como uma forma criativa para proibir a bandeira sem contradizer abertamente Donald Trump, que defendeu o direito das pessoas de mostrá-la em público.
A bandeira dos estados Confederados foi usada pelos estados do sul do país na guerra da secessão, entre 1861 e 1865. Nela, os estados do sul, que defendiam a manutenção da escravidão, queriam romper com os estados do norte.
O secretário de Defesa, Mark Esper assinou o decreto na quinta-feira. Ele descreve os tipos de bandeira que podem ser exibidas. A dos confederados não está listada.
"Precisamos sempre nos manter focados naquilo que nos une", afirmou ele no comunicado.
O texto diz que as bandeiras que o exército exibe precisam estar de acordo com os imperativos do exército, entre eles, rejeitar símbolos divisivos.
As bandeiras dos confederados e os monumentos militares e os nomes de algumas bases militares foram centros de polêmica nas semanas que se seguiram à morte de George Floyd.
Manifestantes que protestaram contra o racismo reclamaram da bandeira em diversas cidades. Alguns estados pensam em uma proibição, mas eles enfrentam oposição.
Antiga capital dos confederados
A cidade de Richmond, na Virgínia, capital dos confederados durante a guerra da Secessão nos Estados Unidos (1861-1865), vai retirar os monumentos dedicados aos soldados sulistas, anunciou no começo deste mês seu prefeito, Levar Stoney.
Segundo um comunicado da Prefeitura, Stoney "determinou a retirada imediata de várias estátuas na cidade, inclusive as estátuas confederadas", consideradas por seus detratores símbolos do legado escravagista do país.
A estátua mais simbólica é a do comandante do exército sulista, general Robert E. Lee, instalada há um século em uma praça da cidade.
Funcionários municipais começaram a retirar do pedestal na tarde desta quarta a estátua de um alto comandante sulista de seu pedestal, segundo veículos de imprensa locais.
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