Presidente da ALE reforça o que o Rondônia Dinâmica havia alertado em editorial: governo Rocha ainda quer perdoar bilhões em dívidas de Jirau, Energisa e JBS

Rondoniadinamica
Publicada em 21/07/2020 às 09h10

Porto Velho, RO – O jornal eletrônico Rondônia Dinâmica alertou, em primeira-mão via editorial no último sábado (18), sobre o “golpe” patrocinado pela gestão Coronel Marcos Rocha, sem partido.

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Governo de Rondônia não recuou na intenção de perdoar a dívida bilionária da Energisa; a gestão Marcos Rocha só mudou a forma da propaganda

Nas redes sociais, exaltava-se uma suposta vitória da sociedade rondoniense porquanto o Executivo estadual teria retirado da Assembleia Legislativa (ALE/RO) a mensagem com o projeto visando a isenção da Energisa SA em quase R$ 1,3 bilhão, levando em conta, consequentemente, as dívidas com o Estado.

Na segunda-feira (20), sobreveio a confirmação do que fora veiculado pela redação dois dias antes: o presidente do Legislativo, Laerte Gomes, do PSDB, conclamou coletiva de imprensa e escancarou as intenções do Palácio Rio Madeira.

O tucano revelou que, de fato, aquele projeto foi retirado pela gestão Rocha, mas, por outro lado, há matéria distinta, também de autoria do Executivo, que visa perdoar dívidas das mesmas 213 empresas em Rondônia que, juntas, somam um débito de R$ 10 bilhões com o Estado.

A maior devedora, na verdade, é a Energisa Sustentável do Brasil (ESBR), responsável pela usina hidrelétrica de Jirau no Rio Madeira. Ela deve a Rondônia R$ 2,5 bilhões.

Em segundo e terceiros lugares da lista de devedores vêm a Energisa, com R$ 2 bilhões, e, por fim, a JBS, com algo em torno de R$ 400 milhões.

“Na verdade, retiraram uma matéria, mas, ao mesmo tempo, tem outra matéria aqui dentro da Casa [de Leis] que beneficia essas mesmas empresas”, declarou.

Gomes asseverou não ser contra qualquer tipo de projeto, desde que o maior beneficiado seja o Estado de Rondônia, não as empresas.

O Legislativo “segurou” o projeto retirado após ouvir a população, apesar do anseio do governo em fazer passar a matéria rapidamente.

“Ninguém aqui é contra discutir a negociação de dívidas, mas tem que ser justo, porque quem tem para receber é o Estado. Este parlamento vai seguir tudo que o regimento diz, mas acreditamos que o momento não é esse para esse perdão”, concluiu.

CONFIRA O VÍDEO DA COLETIVA (AUTOR DAS IMAGENS: RONDONIAOVIVO):

 

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