G1
Publicada em 31/07/2020 às 15h07
A farmacêutica norte-americana Pfizer e a empresa de biotecnológia BioNTech anunciaram nesta sexta-feira (31) que vão fornecer 120 milhões de doses de sua vacina experimental contra o novo coronavírus ao Japão na primeira metade de 2021.
As empresas não divulgaram os detalhes financeiros do acordo, mas disseram que os termos se basearam no volume das doses e no cronograma de entrega, de acordo com a Reuters.
Os Estados Unidos assinaram um acordo semelhante com a Pfizer e a BioNtech para receberem 100 milhões de doses por quase 2 bilhões de dólares, o que equivale a um preço de 39 dólares pelo que provavelmente será um tratamento de duas doses.
A BioNTech e a Pfizer iniciaram um grande teste de estágio avançado de sua candidata a vacina para demonstrar sua eficiência. Um artigo publicado na segunda-feira (20) como prévia (pré-print), apontou que a substância é segura e capaz de induzir resposta imunológica.
Os resultados ainda têm que ser validados por outros pesquisadores (peer-review) antes de serem publicados em uma revista científica. Eles dão conta de um teste de pequeno alcance, feito na Alemanha, com 60 voluntários saudáveis.
Ainda não existem vacinas contra a Covid-19, uma doença que já matou 670 mil pessoas e teve forte impacto nas economias. Atualmente, existem mais de 160 vacinas em estágios diferentes de desenvolvimento contra o vírus, que continua se disseminando com rapidez. (leia mais abaixo)
Supondo um sucesso clínico das vacinas, Pfizer e BioNtech disseram que estão se preparando para pedir uma análise regulatória da vacina já em outubro.
A Daiichi Sankyo Co está em negociações para fornecer suprimentos e uma vacina contra coronavírus em potencial sendo desenvolvida pela AstraZeneca e pela Universidade de Oxford para ser usada no Japão.
Corrida em busca da vacina
O balanço mais recente da Organização Mundial da Saúde (OMS) ao menos nove países que desenvolvem uma vacina para o Sars-Cov-2 já testam em humanos. Porém, apenas o Reino Unido, a China e os Estados Unidos chegaram à terceira e última etapa.
Segundo a agência de saúde da ONU, até segunda (27), são 164 pesquisas em desenvolvimento. Destas, 25 já em estágio clínico mas apenas cinco na Fase 3. É somente depois desta prova, em um número maior de participantes, que uma vacina pode ou não ser licenciada e liberada para a comercialização. Veja quais são:
Sinovac (China)
Instituto Biológico de Wuhan/Sinopharm (China)
Instituto Biológico de Pequim/Sinopharm (China)
Oxford/AstraZeneca (Reino Unido)
Moderna/NIAID (EUA)
Além desses países, a Índia é responsável por mais três candidatas nas fases 1 e 2. A Austrália e a Alemanha têm mais duas promissoras vacinas ainda em estágios iniciais dos ensaios, assim como a Rússia e o Japão, com uma cada, segundo a OMS.
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