José Luiz Alves
Publicada em 07/08/2020 às 08h40
Mudanças de hábitos no campo e nas áreas urbanas
Depois do coronavirus, nada mais será igual ao presente e passado, com os hábitos e costumes das pessoas que terão que se readequar tanto no campo que continuará mantendo a economia andando e nos perímetros urbanos consumistas por tradição. Quem não se enquadrar nos padrões delimitados pelo vírus, mesmo que surja uma vacina para combatê-lo, de uma maneira ou de outra, terá que arcar com as conseqüências de uma realidade, daquilo que se pode até chamar de outros tempos.
As novas tecnologias colocadas a disposição dos produtores rurais, somadas a força da internet, empurradas pelas marcas indeléveis que o coronavirus já fincou no planeta levam na direção oposta de tudo aquilo que vinha se praticando à milênios, tanto no campo como nas áreas urbanas. Não se trata de um exercício de futurologia, é uma verdade que diariamente bate na porta de quem pensa e na barba daqueles que entendem que tudo continuará aos Deus dará do jeito que vinha.
O produtor rural já constatou que um equipamento bem cuidado pode render mais e melhor em menos tempo do que a mão-de-obra humana, com menos custo, e, ainda valoriza o seu patrimônio. O coronavirus acordou as grandes empresas e instituições financeiras para outra realidade: um funcionário bem preparado tecnicamente pode produzir tanto quanto três ou quatro ocupando o mesmo espaço e com menor despesa. Isso já esta sendo imposto ao pequeno e médio agricultor, assim como ao proprietário da quitanda da esquina.
Um exemplo que já chegou à Rondônia são os eventos virtuais envolvendo grandes empresas e realização de negócios via internet. Festas, rodeios, com aglomerações shows e desfiles, perdem espaços, uma vez que empresários e produtores rurais, naturalmente de seus locais de trabalho trocam informações, fecham compras e vendas sem correr o risco de acidentes ou ser assaltados.
Até o convívio social queiram ou não os mais atrevidos, pela força natural e necessidade de sobrevivência, em determinados grupos já começaram a ceder é tudo uma questão de tempo. Enfim, são sinais que as regras começam a mudar sem sinal de retorno. Como diz o velho adágio popular, todo o mal no final das contas sempre deixa algum resultado positivo.
Investimentos no campo!
A pandemia felizmente não assustou os produtores rurais que aproveitando os recursos do Plana Safra 2020/2021, no mês julho somente nos bancos do Brasil e da Amazônia obtiveram financiamentos acima de R$ 250 milhões para custeio e investimentos. No Banco do Brasil foram firmados contratos no valor de R$ 130 milhões, de acordo com o superintende, Edson Lemos, no Banco da Amazônia os financiamentos bateram na casa dos R$ 120 milhões. Estão computados os financiamentos dos pequenos, médios e pronafianos, de qualquer maneira são muitos recursos circulando.
Documentário
Dois documentaristas americanos, Halhex e Fleming visitaram Rondônia essa semana, colhendo depoimentos e imagens sobre o agronegócio, o que segundo eles rendeu uma boa impressão deste estado em termo de preservação ambiental. O objetivo é produzir um amplo documentário mostrando as potencialidades da região amazônica, assim como as derrubadas e queimadas das florestas a vida nas comunidades indígenas, o avanço do coronavirus, os garimpos e invasão em áreas protegidas. Como se observa tem muita gente com o olhar voltado para Amazônia.
Com o dólar em alta melhoram as exportações
Para o presidente da Federação de Agricultura e Pecuária de Rondônia (FAPERON), Hélio Dias, as exportações de produtos primário neste estado estão rendendo bons dividendos para o agronegócio. A carne exportada para 41 países, com arroba do boi gordo cotada em R$ 205,00 até 210,00, a soja vendida em média a R$ 120,00 a saca de 60 quilos, o milho safrinha a R$ 45,00 a saca de 60 quilos, com mais de 40% da safra comercializada em julho revela que o agronegócio rondoniense vai muito bem obrigado.
Reconhece...!
Hélio Dias reconhece entretanto, que se a carne exportada em dólar é um bom negócio atendendo o mercado externo, para o consumidor interno, que adquiri o produto nos açougues e supermercados regionais os valores estão salgados. Mas, essa é lei da oferta e procura. Ele acredita que esse momento é muito bom para economia, uma vez que o governo vem controlando a pauta para a comercialização de bezerros com outros estados.
Pescado em queda!
Nara Regina diretora do frigorífico de pescado Progresso aqui de Porto Velho, que administra também uma cooperativa com 23 famílias de pequenos produtores de peixes revela que antes da pandemia comercializava por mês 60 toneladas de file de peixe, tambaqui, pirarucu e pintado, com escolas e instituições governamentais. No entanto, depois da chegada do coronavirus as vendas caíram para 3 mil toneladas/mês. Frisa que muitos produtores de peixe estão passando por sufoco econômico uma vez que não encontram compradores, além dos gastos com ração e manutenção das propriedades rurais. O governo do estado por meio da Secretaria de Agricultura (SEAGRI), segundo Nara Regina, vem apoiando essas famílias que dependem da piscicultura no município.
Atendendo os produtores de leite
O governo do estado por meio da EMATER e Secretaria de Agricultura (SEAGRI) esta distribuindo 1.296 toneladas de calcário aos produtores de leite no município de Nova Mamoré que produz mais de 120 mil litros/dia do produto. O Gerente regional da EMATER naquele município, Ednaldo França, mais conhecido como “Jacaré” vem se desdobrando para atender 37 produtores que solicitaram e estão recebendo o calcário.
Situação delicada!
Conforme explica a indigenista, Ivaneide Bandeira, a situação das tribos e dos pequenos produtores rurais que residem em aldeias, a situação é critica pelo descontrole e cuidados no combate ao coronavirus. Segundo ela muitos indígenas estão indo óbitos afetados pela doença. Sem comentários, essa é uma situação de fato delicada.
Até a próxima
A floresta estava em chamas, o Beija Flor desesperado carregava água no bico tentando apagar o incêndio. Do alto de uma árvore, o urubu malandro perguntou: “Beija Flor tu achas que vai apagar esse fogaréu”. O Beija Flor respondeu: “estou fazendo a minha parte...! Se cada um fizesse a sua parte sem se preocupar com os outros o mundo seria melhor.
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