Rondoniadinamica
Publicada em 14/08/2020 às 08h59
Porto Velho, RO – Na visão do senador de Rondônia Marcos Rogério, do DEM, a culpa sobre o número de mortos no Brasil por causa da pandemia do novo Coronavírus (COVID-19/SARS-CoV-2) envolve cientistas, governadores, prefeitos, secretários de Saúde, o Supremo Tribunal Federal (STF), a imprensa e até a população.
Por outro lado, embora não tenha citado objetivamente, o congressista alega ser “injusto e desumano politizar a questão e buscar a responsabilização de alguém pelo número de mortes no país”.
As mais de 104 mil mortes são atribuídas por diversos jornais nacionais e também pela oposição política à falta de pulso do atual presidente da República Jair Bolsonaro, sem partido.
O trecho mais polêmico da manifestação do membro rondoniense no Senado nega o conhecimento científico e aposta em si mesmo para credenciar o uso de medicamentos no combate ao vírus:
“[...] Marcos Rogério afirma que, no campo científico, a doença ainda seja um mistério para o mundo. Mesmo assim, sem qualquer critério apoiado em pesquisa, parte dos cientistas continua negando a eficácia dos únicos medicamentos "mais plausivamente adequados para combater os efeitos do coronavírus [...]”.
Desde que votou para "enterrar" a Lava-Toga no Senado, Marcos Rogério tem bajulado o clã Bolsonaro pare recuperar credibilidade em Rondônia / Reprodução
VEJA A ÍNTEGRA DA MATÉRIA DA AGÊNCIA SENADO:
Marcos Rogério critica tentativa de politização de mortes por coronavírus
Fonte: Agência Senado
Ao se solidarizar com as famílias das mais de 100 mil vítimas fatais do novo coronavírus, o senador Marcos Rogério (DEM-RO) afirmou, em pronunciamento nesta quinta-feira (13), que é injusto e desumano politizar a questão e buscar a responsabilização de alguém pelo número de mortes no país.
Na opinião dele, diversos fatores levaram ao cenário atual, desde o início da pandemia.
Marcos Rogério afirma que, no campo científico, a doença ainda seja um mistério para o mundo. Mesmo assim, sem qualquer critério apoiado em pesquisa, parte dos cientistas continua negando a eficácia dos únicos medicamentos "mais plausivamente adequados para combater os efeitos do coronavírus".
Na parte administrativa, ele lembrou que, quando tudo começou, as secretarias de saúde dos estados e dos municípios aconselhavam a população a não procurar o médico nos primeiros dias de sintomas. Hoje, esse procedimento é inverso e, portanto, mais lógico e eficaz, na opinião do senador.
Ele apontou ainda que o Supremo Tribunal Federal, ao negar ao Ministério da Saúde a possibilidade de criar um programa de abrangência nacional para o enfrentamento da pandemia, também contribuiu para criar um cenário de incertezas, uma vez que deu autonomia aos estados e municípios para decidir livremente sobre a questão. Assim, esses entes passaram a adotar medidas próprias, muitas das quais contraditórias entre si.
Marcos Rogério recordou também que a ajuda financeira da União, da ordem de R$ 120 bilhões, segundo dados do Ministério da Economia, não tardou a chegar aos cofres de estados e municípios. Segundo ele, foi tanto dinheiro, que os escândalos de desvios e irregularidades logo começaram a aparecer.
— Vai levar tempo para se descobrir qual o montante de recursos foi desviado Brasil afora. Dinheiro que deveria ser investido em medidas preventivas e no tratamento dos infectados. Por isso, digo outra vez: se alguém está realmente em busca de culpados pelas mortes, não pode deixar de pesquisar as consequências dos desvios e da má-gestão dos recursos — disse.
O senador acrescentou que a imprensa, apesar de prestar um relevante serviço, ajudou a semear o pânico na população e afastou-se da imparcialidade. E apontou que a própria população contribuiu com esse cenário, ao não levar a sério a pandemia e as cautelas exigidas.
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