Notícia ao Minuto - Portugal
Publicada em 28/08/2020 às 15h25
As medidas de confinamento impostas nos campos de acolhimento, que entraram em vigor em 21 de março, serão prolongadas "para evitar o surgimento e a propagação de casos de infeção pelo novo coronavírus", informou o Ministério das Migrações grego.
Um dos grandes focos de preocupação para as autoridades gregas são os sobrelotados campos de processamento e de acolhimento para migrantes, também conhecidos como 'hotspots', que estão erguidos em cinco ilhas gregas no mar Egeu (Lesbos, Chios, Samos, Kos e Leros), próximas da Turquia.
Mais de 24 mil migrantes e refugiados vivem em condições insalubres nestes campos, cuja capacidade total é de cerca de 6.100 pessoas.
São várias as organizações não-governamentais (ONG) que têm denunciado o confinamento dos migrantes, defendendo que estes campos não são adequados para aplicar as medidas necessárias, nomeadamente sanitárias, para travar a propagação da doença covid-19.
Os migrantes que chegam agora às ilhas gregas são colocados em quarentena, em estruturas separadas, para evitar o risco de contaminação dentro dos campos de processamento e de acolhimento.
Apesar das novas chegadas às ilhas terem decrescido durante os primeiros meses da crise pandémica, os números atuais indicam que houve um ligeiro aumento durante o verão.
Na noite passada, a guarda costeira grega resgatou 55 migrantes que estavam a bordo de um veleiro perto da ilha de Rodes.
Já na quarta-feira, a polícia portuária grega realizou uma operação semelhante ao largo da ilha de Halki, tendo resgatado 96 pessoas.
A Grécia é abrangida pela rota migratória do Mediterrâneo Oriental, normalmente efetuada entre as costas turcas e o território grego.
A Grécia, com 254 mortes relacionadas com a doença covid-19, consta entre os países europeus menos afetados pela atual pandemia.
Até à data, e segundo os dados oficiais, nenhuma morte foi registada nos campos de processamento e de acolhimento para migrantes.
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