G1
Publicada em 31/08/2020 às 11h09
O ex-presidente da Índia Pranab Mukherjee morreu aos 84 anos nesta segunda-feira (31) após uma infecção pulmonar.
Mukherjee foi diagnosticado com Covid-19 em 10 de agosto. Ele estava no hospital desde então. Nascido em 11 de dezembro de 1935 na aldeia de Mirati, no estado de West Bengal, Mukherjee estudou história, ciências políticas e direito.
Durante cinco décadas na política indiana, Mukherjee, do Partido Congresso, foi ministro de diversas pastas e presidente, mas não chegou a ser primeiro-ministro, posto de maior poder na administração pública do país.
Ele foi professor universitário e jornalista antes de ser político. Ele carecia de base política popular, mas ocupou mais de uma dúzia de ministérios entre 1973 e 2012, desde comércio e finanças até defesa e relações exteriores.
Quando foi ministro das Finanças, em 2012, exigiu um pagamento de US$ 2 bilhões da Vodafone, então o maior investidor corporativo estrangeiro da Índia, como parte de um imposto retroativo sobre negócios corporativos que feitos havia muito tempo.
Mukherjee ingressou no parlamento em 1969, seguindo seu pai. Os dois foram do Partido Congresso, liderado por Indira Gandhi, quando ela conduzia o país a um regime mais socialista.
Ele ascendeu sob a orientação de Gandhi, mas foi afastado pelo filho dela, Rajiv, após as eleições de 1984.
Posteriormente, Mukherjee recuperou sua proximidade com os líderes do Congresso e com a família Gandhi. Ele se tornou um dos políticos mais influentes da Índia durante as décadas de 1990 e 2000.
"Todos perceberam que ele era tão inteligente que preferiam tê-lo como número dois em vez de número um", disse Sanjaya Baru, ex-conselheiro de Manmohan Singh, o arquiteto das reformas financeiras da Índia que venceu Mukherjee ao cargo mais alto em 2004.
“Ele teve um papel tremendo nas políticas, desde os anos 1980”.
A recompensa de Mukherjee, então, deveria ter sido um período como primeiro-ministro, em sua própria avaliação. No entanto, ele foi preterido pela viúva italiana de Rajiv, Sonia.
Em 2012, Mukherjee renunciou ao parlamento para assumir o papel de chefe de estado. Ele foi empossado como o 13º presidente da Índia, com apoio de todos os partidos que destacou sua ampla aceitabilidade, um atributo raro na política indiana.
Um escândalo de corrupção dois anos em sua presidência levou à derrota nas eleições gerais para o Partido Congresso. Mukherjee teve que dar posse ao nacionalista hindu Narendra Modi como primeiro-ministro.
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