France Presse
Publicada em 09/09/2020 às 11h07
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pediu desculpas nesta terça-feira (8) à família de um árabe israelense morto pelas forças de segurança em 2017, após o classificarem erroneamente como "terrorista".
"Quero me desculpar com a família Qiyan, cujo pai, um cidadão israelense, foi morto sob o pretexto de que era terrorista, quando não era", declarou Netanyahu.
Em janeiro de 2017, policiais faziam uma operação para desocupar a aldeia beduína de Umm Al-Hiran, no sul israelense. Na versão original da polícia, o homem identificado como Yacub Musa Abu al-Qiyan avançou com o carro sobre os agentes de segurança, matando o oficial Erez Levi.
Entretanto, testemunhas disseram que al-Qiyan foi baleado quando dirigia lentamente nos arredores do vilarejo. Só aí que, ferido, o motorista perdeu o controle e atropelou o policial.
Na noite de segunda-feira, o jornalista israelense Amit Segal demonstrou com documentos que uma investigação policial interna concluiu que houve um erro — e, mesmo assim, o então comandante da polícia, Roni Alcheikh, optou por não revelar a verdade.
Netanyahu admite erro da polícia
Em entrevista nesta terça-feira, Netanyahu alegou que a polícia lhe garantiu em 2017 que se tratava de um ataque em que um veículo foi jogado contra seu alvo.
"Eles me disseram que era um terrorista e ontem descobrimos que não era, mas que ele foi designado como tal por promotores e policiais que estavam tentando encobrir a realidade", disse ele.
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